Vaga do Pan segue ‘aberta’
A temporada de saibro no calendário de tênis vai ser determinante para a definição das vagas aos Jogos Olímpicos de Paris. Especialmente, para o brasileiro Thiago Monteiro, que precisa “secar” o argentino Facundo Diaz Acosta.
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O cearense vive uma situação curiosa para carimbar a sua passagem à capital francesa. Bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, Monteiro torce para que Diaz Acosta não seja um dos quatro argentinos mais bem ranqueados para herdar a vaga.
O argentino conquistou o ouro no Pan e garantiu a vaga, de acordo com a cota destinada à ITF para os Jogos. No entanto, existe uma condição: cada país pode levar, no máximo, quatro tenistas dentro dos 56 primeiros do ranking da ATP, no dia 10 de junho.
No momento, Diaz Acosta está no limite para ir às Olimpíadas: é o quarto argentino mais bem ranqueado, em 55º, com 943 pontos. À sua frente, estão Sebastian Báez (19º), Fran Cerúndolo (23º) e Tomás Etcheverry (30º).
Entre os argentinos, ainda disputam a quarta e última vaga: Mariano Navone (60º), vice no Rio Open, e Pedro Cachín (78º).
No ranking, Navone está apenas a apenas 60 pontos de Acosta: 943 a 883. Já Cachín corre por fora estando a 210 pontos atrás do compatriota – soma 733 pontos.
E Monteiro?
Pelo ranking, Thiago Monteiro tem chances remotas de estar na faixa dos 56 melhores da ATP até o dia 10 de junho. Atualmente, o canhoto ocupa a 110ª colocação na lista divulgada na última segunda-feira (1).
Desta forma, ele aguarda a definição da quarta vaga destinada à Argentina. Se Diaz Acosta não estiver entre os quatro melhores argentinos pelo ranking, a vaga do Pan é dada ao medalhista de bronze, no caso, Monteiro.
Nesta semana, o brasileiro disputa o Challenger de Florianópolis, torneio que vale ao campeão 75 pontos no ranking. Se levantar o título no saibro catarinense, ele voltará ao top 100.
Thiago Wild vem de boas campanhas na quadra dura norte-americana. Foto: Megan Briggs/Getty Images
Classificação pelo ranking
Em simples, o tênis utiliza o ranking da ATP como base para classificar os tenistas masculinos aos Jogos. Serão 64 classificados, destes, os 56 melhores vão pelo ranking. Desde que se respeite a regra de, no máximo, quatro por país.
Por isso, a lista não irá fechar no número 56 do mundo, posto ocupado pelo cazaque Alexander Shevchenko. Países como Estados Unidos, Rússia e Alemanha têm mais de quatro tenistas na faixa dos 56, abrindo vagas para o 57º em diante.
Feitos os descartes, a lista dos Jogos fecharia atualmente no 62º do mundo, posição do português Nuno Borges. Em 66º, o brasileiro Thiago Wild se põe como um dos postulantes à vaga pelo ranking após boas campanhas nos Estados Unidos.
Temporada de saibro
O mês de abril marca o começo da temporada de saibro no circuito. Nesta semana, os holofotes estão nos ATPs 250 de Marrakech (Marrocos), Estoril (Portugal) e Houston (Estados Unidos).
São torneios preparatórios antes do primeiro Masters 1000 do piso, o de Monte Carlo, que acontecerá entre 7 e 14 de abril. Depois, haverá o ATP 500 de Barcelona e os Masters 1000 de Madrid e Roma como principais torneios no saibro.
Em maio, a elite se concentra em Roland Garros, o segundo Grand Slam do calendário. Este será o último torneio antes do ranking final para a classificação aos Jogos. Curiosamente, a sede de Roland Garros será o palco da competição de tênis nas Olimpíadas.