Abel promete “virar o vestiário” e pede apoio total da torcida
O Internacional vive uma de suas semanas mais tensas na década, e Abel Braga foi chamado às pressas para evitar uma tragédia no Brasileirão. O treinador desembarcou em Porto Alegre neste domingo (30) para assumir o comando nas duas rodadas finais, sendo recebido por torcedores que buscavam qualquer sinal de esperança. O técnico não fugiu da conversa e deixou claro o tamanho da crise mental dentro do vestiário.
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Ao ser questionado sobre a situação emocional do grupo, Abel foi direto como poucas vezes: “O que tá fudido é o anímico dos jogadores”. A frase repercutiu imediatamente, expondo a principal preocupação do treinador para um elenco que entrou na zona do rebaixamento após dias caóticos e a queda de Ramón Díaz.
Mesmo ciente do cenário dramático, Abel reforçou que acredita na permanência do Inter: “Se eu não acreditasse, eu não viria”. Ele afirmou que seu primeiro movimento será reconstruir a confiança da equipe, dizendo a torcedores no aeroporto que precisará “virar o vestiário” e resgatar autoestima, liderança e foco nas duas partidas restantes.
O apelo do treinador ganhou adesão imediata da torcida presente, que cobrou entrega, postura e união. Abel respondeu que o componente emocional será mais decisivo do que qualquer ajuste tático neste momento da temporada.
Chamado por D’Alessandro e convencido por Barcellos em minutos
Abel revelou que a ligação inicial partiu de Andrés D’Alessandro, diretor esportivo e ídolo colorado. Pouco depois, conversou com o presidente Alessandro Barcellos para selar o acordo. Segundo o treinador, a decisão levou poucos minutos, impulsionada mais pelo vínculo afetivo com o clube do que por qualquer planejamento prévio.
Aos 73 anos, ele retorna ao Inter após três anos longe das beiras do campo, impulsionado por um apelo emocional que, segundo ele, “mexeu profundamente”.
Inter em crise e duas decisões pela frente
Com 41 pontos e na 17ª colocação, o Colorado precisa reagir em um cenário de pressão absoluta. Restam apenas dois jogos: São Paulo, fora, e Bragantino, no Beira-Rio. Abel admitiu que não seguirá em 2026 e que sua única missão é “salvar o clube”.
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Internamente, a cúpula colorada vê na figura do técnico um “fato novo” capaz de mobilizar elenco e torcida. Agora, resta saber se seu impacto emocional será suficiente para recuperar um grupo que, nas palavras do próprio comandante, está “fudido animicamente”.
