A saída de Luís Castro do Botafogo pegou todos de surpresa, deixando um clima estranho pairando sobre General Severiano. Afinal, o treinador havia comandado o time até o topo da tabela e as incertezas sobre o futuro vieram à tona. Contudo, o Bota superou a baixa e seguiu sua jornada na liderança.
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Castro quebrou o silêncio e abriu o jogo sobre sua escolha. Em entrevista ao Canal Goat, o treinador começou abordando possíveis problemas de consciência: “Tranquilíssima (Consciência). Não há dúvida alguma. Podem dizer o que quiserem, nada me importuna. Consciência tranquilíssima do que fiz no Botafogo. Fui mais um a trabalhar lá dentro. Não quero falar mais do que já falei . Algo me orgulha é passar por um clube de muito prestígio como o Botafogo. Quem não dorme de consciência tranquila ao ver um filho tendo um desempenho tão bom como o Botafogo hoje?”.
Castro revela que poderia ter deixado o Bota antes do que ocorreu: “Recebi muitas propostas durante o ano, mas achava que ainda tinha que consolidar coisas. Depois de ter feito, já podia sentir outras coisas. O contrato prevê e já poderíamos pensar. Me liguei e estou muito emocionalmente ligado ao Botafogo, até porque tenho lá muita gente que eu gosto muito e gosto muito do clube. Isso (saída) não invalida o que eu fiz. Hoje virou um clube de mais respeito. O clube nunca perdeu o seu prestígio, mas hoje o seu prestígio está mais brilhante”, explicou o atual treinador do Al Nassr.
🇵🇹 Números de Luís Castro no comando do Botafogo: ⚔️ 79 jogos ✅ 42 vitórias ⚖️ 14 empates ❌ 23 derrotas 📸: Jorge Rodrigues/AGIF #BrasileiraoNoSportv #Botafogo #LuisCastro #AlNassr #CR7
Na sequência, o treinador destacou a complexa ‘construção’ que vivenciou no Glorioso: “Lá eu não tinha infraestruturas, treinamos no campo da aeronáutico, anexo do Nilton Santos, o Lonier estava todo quebrado, mas depois de um tempo tudo isso foi resolvido. O almoço deixou de ser um sanduíche de carne e virou três pratos de comida. O banho de água fria virou de água quente, passou a ter um sítio mais limpo. Pronto, construímos. Hoje virou um clube de mais respeito. O clube nunca perdeu o seu prestígio, mas hoje o seu prestígio está mais brilhante. Foi um trabalho de todos, da torcida, Luís, estafe… Eu só propus algumas coisas e as pessoas agarraram”.
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Para Castro, a virada de mentalidade foi o ponto alto de seu trabalho: “O mais importante discurso é o espírito vencedor, não o espírito miseravelista que encontrei quando cheguei. Não é o espírito de “Somos os coitadinhos, ninguém tem respeito por nós”, perdemos um jogo e parecia que perdíamos dez. Tem que ser a mentalidade vencedora em tudo na nossa vida. Hoje ganhamos por um, amanhã ganhamos por dois. Queríamos ser mais e essa mentalidade está no Botafogo. Foi criado um grupo muito forte no Botafogo”.
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Um ponto curioso da entrevista, foi o olhar diferenciado que o treinador promoveu sobre as superstições que sempre acompanharam o histórico do Clube: “Quando acontecia algo mal falavam “eu já sabia que iria acontecer”. Tudo acontece, mas também podem ser coisas boas. Sempre falavam de algo ruim, muitas superstições. A vida é para ser vivida com alegria, foi isso que colocamos no dia a dia do clube. O clube vai ser campeão brasileiro e merecerá muito. Vai ser uma grande festa”.