Sem a presença de Matheus Cunha, artilheiro do ciclo, a Seleção Brasileira passou sufoco no jogo das semifinais contra o Mexico na manhã desta terça-feira, 03, pelas Olimpíadas de Tóquio. A partida terminou o tempo regulamentar em 0 x 0, e nenhuma das duas equipes criaram muitas jogadas de perigo, em uma partida bem picotada. O jogo foi definido nos pênaltis com vitoria brasileira por 4 x 1.
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A rivalidade entre Brasil e Mexico não é de hoje, inclusive os mexicanos já foram algozes dos brasileiros em Londres 2012, e a tensão perdurou até o minuto final. Com a equipe mexicana atuando principalmente no contra-ataque, e se fechando na defesa, impedindo os avanços do Brasil.
Durante o primeiro tempo a seleção tentou tomar a iniciativa, avançar, teve melhor posse de bola e criou perigo três vezes. Apesar de estar melhor na partida, a seleção brasileira não conseguia dar sequência nas jogadas. Além disso deixou mais uma vez visível a deficiência na defesa das bolas áreas, dando a oportunidade de a equipe mexicana levar perigo.
Daniel Alves marcou o primeiro pênalti | Crédito: Getty Images
Já no inicio da partida a seleção chegou embalando o ritmo do jogo, Guilherme Arana criou boa oportunidade pelo fundo na esquerda, cruzou rasteiro, a bola atravessou a área mexicana passou por todo mundo, mas ninguém chegou para concluir a jogada. Aos oito minutos a equipe mexicana teve a oportunidade do escanteio, após a cobrança, Martín cabeceou, mas mandou para fora.
Aos 10 minutos a pressão se instalou com o Brasil trocando passes na frente da área mexicana, com Daniel Alves e Richarlison, com a sobra de bola para Claudinho, que arriscou o chute, mas mandou em cima da marcação. Mas foi aos 13 minutos que surgiu uma das principais oportunidades brasileira, com uma bela chegada de Bruno Guimarães, que fez a virada de jogo, a bola fixou com Arana que chutou cruzado para o gol, mas o goleiro mexicano fez a defesa.
E o VAR entrou em ação aos 27 minutos, Douglas Luiz chegava dentro da área, fez a proteção e acabou sendo derrubado. O árbitro marcou o pênalti, mas após a revisão do lance com o VAR, a penalidade foi anulada.
E o coração do brasileiro fixou pequeno no finalzinho do primeiro tempo quando com um contra-ataque pela direita, e Romo recebeu a bola dentro da área, chutou alto, forte, e o goleiro Santos precisou se esticar todo para mandar para a linha de fundo. E nos acréscimos o Mexico conseguiu levar perigo mais duas vezes, porém não marcou.
Segundo tempo abaixo
O segundo tempo foi morno, apesar de ainda manter a superioridade de posse de bola, o Brasil não manteve a mesma intensidade do primeiro tempo. A melhor jogada para o Brasil foi criada aos 20 minutos com boa arrancada de Antony pela direita, mas ele chutou fraco e o goleiro mexicano não teve trabalho para fazer a defesa. Com o resultado, o técnico Jardine precisou fazer a primeira modificação, ele tirou Paulinho, que apareceu pouco na partida, ele substituiu Matheus Cunha que não conseguiu se recuperar a tempo de uma contratura muscular na coxa esquerda, para entrar Martinelli, saiu Claudinho para a entrada de Reinier.
Reinier bateu forte e garantiu a vaga nas finais | Crédito: Getty Images
Aos 36 minutos Daniel Alves cruzou e Richarlison cabeceou e por muito pouco não marcou para o Brasil, a bola foi na trave. Aos 47 minutos Reinier invadiu a área, cruza pra trás, mas não tinha ninguém para concluir a jogada.
E o tempo regulamentar encerrou em 0 x 0. O que se repetiu na prorrogação, mais uma vez com superioridade brasileira, mas nenhuma modificação no marcador.
Festa nos pênaltis
Na cobrança do pênalti a estrela brasileira brilhou e o destaque foi o arqueiro Santos. O Brasil marcou o primeiro com Daniel Alves. Foi a vez do batedor mexicano Eduardo Aguirre, ele bateu, mas o goleiro Santos foi no canto, fez uma bela defesa e deixou o Brasil na vantagem. Gabriel Martinelli bateu forte e não deu chance de defesa para Ochoa. E Vasquez perdeu mais uma oportunidade para o Mexico, ele bateu mal e acertou a trave, facilitando ainda mais a vida da Seleção Brasileira. Bruno Guimarães converteu a cobrança e reforçou a vantagem no marcador, agora era torcer para o mexicano falhar, mas Carlos Rodríguez foi bem na bola e marcou o único gol do Mexico na partida.
Goleiro Santos fez defesa brilhante no primeiro tempo e ainda pegou uma na cobrança dos pênaltis| Crédito: Getty Images
A vantagem era do Brasil e bastava converter mais um para confirmar a classificação e Reinier não perdeu a oportunidade e marcou, colocando o Brasil mais uma vez em uma final olímpica, a terceira consecutiva e a quinta da história.
O Brasil volta a campo no sábado, 7, às 8h30 (horário de Brasília), em Yokohama, o adversário ainda será definido e sai da partida entre Japão e Espanha.