Não é porque o futebol brasileiro está paralisado devido à pandemia do novo Coronavírus que os bastidores do Cruzeiro ficaram mais calmos. Além da dramática situação financeira, a Raposa tem a Série B do Campeonato Brasileiro pela frente e, nessa altura do ano, o elenco comandado por Enderson Moreira não transparece confiança. Foram mais de 10 dispensas do plantel do ano passado e o novo grupo ficou recheado de caras novas e mais modestas

Robinho sai do lugar comum e aponta culpados por Cruzeiro no fundo do poço
Robinho sai do lugar comum e aponta culpados por Cruzeiro no fundo do poço

Um dos poucos remanescentes do elenco do Cruzeiro de 2019 é o meia Robinho. Conhecido pela simplicidade e também por soltar algumas boas pérolas no estilo "sincerão", o armador foi convidado do programa "Os Donos da Bola", da TV Bandeirantes, desta terça (07), e admitiu que o time não tem padrão desde a saída de Mano Menezes, em agosto do ano passado. 

Robinho não poupou críticas ao Cruzeiro pós-Mano Menezes. Foto: Getty Images

Robinho não poupou críticas ao Cruzeiro pós-Mano Menezes. Foto: Getty Images

“Muita gente falava que o time do Mano só defendia, mas com a qualidade que tínhamos o gol saía na primeira chance. Confesso que depois da saída do Mano não tivemos um padrão de jogo, vamos ser sinceros. Em um jogo, era uma tática. No outro, a ideia era diferente. Muitas vezes durante o jogo fizemos diversas alterações táticas. Eu nunca vi isso. Espero que a gente possa absorver bem a filosofia do Enderson Moreira”, declarou o camisa 19. 

O segundo semestre do Cruzeiro começou a desandar mesmo após a eliminação nas oitavas da Libertadores diante do River Plate. Mano começou a ficar pressionado pela falta de vitórias - obteve apenas uma vitória em suas últimas 18 partidas pelo clube. Chegaram depois Rogério Ceni, Abel Braga e Adílson Batista, todos em menos de oito meses. Agora não adianta chorar o leite derramado, o jeito é se apegar na missão de recolocar a Celeste de volta à elite do futebol nacional. 

Para isso, Robinho admite que Enderson precisa de reforços, fazendo coro a discursos dos também experientes Fábio, Marcelo Moreno e Edílson. "Nunca joguei a Série B, mas o nível é forte, pois a gente acompanha a dificuldade do grande quando cai conseguir subir. O Coritiba, que eu sempre assisto, só voltou agora. Se no Campeonato Mineiro não estamos conseguindo fazer as coisas andarem, então eu acho que na Série B será mais difícil (...) A gente espera que possa chegar umas três ou quatro peças pontuais. Sei que é difícil, mas precisa", concluiu o meia. 

O primeiro reforço da era Enderson deve ser o meia Régis, do Bahia. Na última segunda (06), o treinador elogiou o jogador em entrevista aos canais Fox Sports e o diretor de futebol do Cruzeiro, Ricardo Drubscky, cuida dos últimos detalhes para o anúncio.