O ex-jogador Raí tem contrato como dirigente do São Paulo somente até o próximo dia 31, mas não pretende deixar o clube em meio à disputa da temporada 2020. Ainda que o favorito para assumir a presidência, Julio Casares, já tenha planos para a nova alta cúpula, o ídolo deseja continuar, pelo menos, até o dia 24 de fevereiro.

Divulgação
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Já de olho em 2021, o candidato, que concorre contra Roberto Natel, já se movimenta nos bastidores e acertou com o ex-técnico Muricy Ramalho para o cargo de coordenador. Casares ainda negocia com um novo diretor executivo e tem na mira Rodrigo Caetano, que deixará o Internacional - outras alternativas, como Rui Costa, são estudadas.

"Gostaria de terminar a temporada. Agregar elementos, mas o mais lógico seria seguir com nosso grupo atual até o final do Brasileiro", avaliou Raí, em contato com o blog do jornalista Paulo Vinícius Coelho, do Globoesporte.com. "Foram três anos e, neste cargo, não tem folga, não tem final de semana. Não sei se outro executivo aguentaria três anos", adicionou.

Pássaro e Raí: ambos de saída (Divulgação)

Pássaro e Raí: ambos de saída (Divulgação)

Próximo de deixar o clube, o dirigente avaliou que colocou sua história no Morumbi em risco ao assumir o cargo. "Coloquei meu prestígio em jogo e sabia que haveria arranhões. O prestígio não é a coisa mais importante da minha vida", falou. Na visão de Raí, a nova gestão ter como foco a manutenção do processo de profissionalização, inciado em 2017.

O dirigente também se manifestou à favor da permanência de Fernando Diniz e lembrou momentos conturbados em que o técnico foi respaldado internamente. "É verdade que os jogadores pediram sua contratação, mas após a saída de Cuca ele era nosso primeiro nome. Para mantê-lo, suportamos mais pressão até do que na época do Aguirre ou do Jardine. Mantivemos, porque percebemos o crescimento, mesmo com quedas duríssimas", completou.