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Qatar 2022

Em final épica, Messi quebra recordes e Argentina supera a França nos pênaltis pelo tricampeonato na Copa do Mundo do Qatar

A partida foi para os pênaltis com a Argentina levando a melhor em 4 a 2, garantindo o tri.

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Por Jéssica Campos

Argentina e França entraram em campo neste domingo (18) para a grande decisão da Copa do Mundo FIFA no Qatar em busca do tricampeonato na competição. E o duelo rendeu todo o drama de uma grande final, com a Argentina conquistando vantagem de 2 a 0 no primeiro tempo e sofrendo o empate na reta final do segundo tempo com dois gols de Mbappé me menos de 2 minutos. Na prorrogação Messi abriu vantagem, Mbappé empatou. A partida foi para os pênaltis com a Argentina levando a melhor em 4 a 2, garantindo o tri.

Foto: Clive Brunskill/Getty Images | Lionel Messi marcou hat-trick
Foto: Clive Brunskill/Getty Images | Lionel Messi marcou hat-trick

E os argentinos chegaram mostrando toda a garra que é muito característica da equipe sul-americana que costuma crescer em partidas complicadas. E já aos quatro minutos Mac Allister recebeu a bola na intermediária do ataque, ajeitou para a direita e chutou forte, mas a bola vai no meio, e Lloris fez a defesa. Aos 7’, Di Maria puxou uma bela jogada individual na esquerda, cruzou para trás, De Paul ficou com a sobra, ajeitou para a direita e chutou, mas Varane desviou para fora. O lance foi uma amostra que os argentinos não daria sossego à zaga francesa.

A partida seguiu tensa, mas Di Maria estava inspirado e prosseguiu participando das principais jogadas ofensivas da equipe sul-americana. Mas foi aos 20 minutos que Di Maria acabou cortando a marcação de Dembélé e acabou sendo derrubado dentro da área garantindo pênalti a favor dos alvicelestes. Messi assumiu a responsabilidade e concentrado como sempre, o craque bateu com categoria abrindo o marcador da partida.

A França prosseguiu com uma postura mais defensiva e errando os passes. Sem se encontrar em campo, os europeus acabaram permitindo que a Argentina continuasse não apenas ditando o ritmo da partida, como ampliando o marcador. Aos 35’, em uma jogada de contra-ataque, Mac Allister mandou para Messi que tocou para Álvarez na direita, que lançou para Mac Allister. O meia invadiu a área e mandou na medida para Di María, que bateu de esquerda, garantindo 2 a 0 para a Argentina.

A Argentina concluiu o primeiro tempo com a vantagem no marcador, maior posse de bola e seis finalizações. Em contrapartida, os franceses estavam perdidos em campo e não conseguiram criar nenhuma chance de gol durante toda primeira etapa, mostrando um desempenho muito abaixo do esperado.

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No retorno do segundo tempo, a Argentina seguiu impondo pressão e logo de cara Enzo Fernández tentou a jogada com Mac Allister que vinha se infiltrando na área, porém o meia não conseguiu alcançar a bola e o arqueiro francês fez a defesa. Aos 3’ Messi abriu o jogo com Di María na esquerda que inverteu na direita para De Paul que chegou batendo de primeira, para a defesa de Lloris. Messi e Di Maria seguiam fazendo uma partida de altíssimo nível, dando trabalho de sobra para os franceses. Se os craques alvicelestes se destacavam, do outro lado Kylian Mbappé, referência da seleção europeia, parecia não ter entrado em campo, sendo apenas uma espécie de ‘figurante’ dentro das quatro linhas.

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Foi apenas aos 22 minutos do segundo tempo que Kolo Muani cabeceou na primeira trave, mas a bola foi direto para fora. Mas os franceses ressurgiram das cinzas e aos Otamendi puxou Kolo Muani que acabou caindo dentro da área e o árbitro marcou pênalti para a França, e Mabappé que até então não tinha aparecido na partida, bateu firme no canto direito, o arqueiro Emiliano Martínez chegou a ir na bola, porém não alcançou e a França diminuiu. E de forma surpreendente apenas 1min34seg depois a França voltou a balançar a rede.

Coman conseguiu desarmar Messi no meio-campo, avançou e soltou para Rabiot que cruzou, Mbappe ajeitou para Thuram de cabeça, que devolveu pelo alto para Mbappé que bateu de primeira sem chances para o goleiro argentino deixando tudo igual no Lusail Stadium. A partida ganhou tons dramaticos com a França crescendo dentro de campo, sendo comandada por seu camisa 10 que pareceu ganhar um folego extra. Apesar de ambas as equipes terem criado grandes oportunidades a partida foi para a prorrogação com o empate em 2 a 2.

Prorrogação

A Argentina começou o primeiro tempo da prorrogação tentando voltar a ficar em vantagem na partida, porém não demorou muito para os franceses retomarem o dominio e levar sufoco para a zaga argentina, por um momento até Lionel Messi desceu para ajudar a defender a meta alviceleste, silenciando a energica torcida sul-americana que via a euforia inicial se transformar em desespero. Porém a primeira etapa não rendeu gols para nenhum dos dois lados.

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O segundo tempo da prorrogação trouxe toda a garra argentina de volta e aos 3′, Messi tocoupara Enzo Fernández, que soltoupara Lautaro Martínez na direita que bateu firme, masLloris defendeu. Messi aproveitou o rebotee marcou o terceiro da Argentina. Porém a França estava viva na partida e corria atrás do empate e aos 12′, Mbappé ficou com a sobra de umescanteio, na entrada da área, chutoude direita, masMontiel se jogouna bola abrindo os braços, e o árbitro marcoupênalti a favor da França. Mbappé marcou, deixando o marcador em 3 a 3.

Pênaltis

Nacobrança dos pênaltis Mbappé e Messi batem e a França falhou dua batidas seguidas e ficou nos pés de Montiel a responsabilidade de bater e garantir a vitória da Argentina e o tricampeonato para o alviceleste.

Promessa

É a segunda Copa do Mundo após ex-jogadores da Seleção Argentina cumprirem uma promessa que teriam feito em 1986 à Virgem de Copacabana de Abra de Punta Corral em 1986, último título da Seleção da Argentina até então. Ex-atletas foram à província de Jujuy, a 1.600 quilômetros ao norte de Buenos Aires, para cumprir a dita promessa, que seria voltar lá para agradecer a graça do título no México. Até 2018, não haviam voltado (ainda que o treinador daquela Seleção, Carlos Bilardo, tivesse assegurado que não fizeram promessa alguma, os populares asseguraram que isso existiu), e a Argentina perdeu duas finais, na Itália-1990 e no Brasil-2014, as duas vezes contra a Alemanha por 1 a 0, ou não chegou à final da Copa. Os jogadores que voltaram ao local foram José Luis Brown, Oscar Garré, Nery Pumpido, Carlos Tapia, Héctor Enrique, Julio Olarticoechea, Batista e Ricardo Giusti.

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