A situação de Fernando Diniz continua delicadíssima no comando técnico do São Paulo. Neste sábado (23), o Tricolor não confirmou mais uma vez o favoritismo de jogar no Morumbi e apenas empatou com o Coritiba, ameaçado de rebaixamento, por 1 a 1. Foi o quinto jogo seguido em 2021 sem vitórias são-paulinas que deixam o clube ainda na vice-liderança do Campeonato Brasileiro.
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O ponto somado faz o São Paulo chegar a 58 pontos, um atrás do líder Internacional, que enfrenta o Grêmio neste domingo (24) no Beira-Rio, podendo abrir margem de quatro na ponta. Além do mau rendimento dentro das quatro linhas, o elenco foi surpreendido por um protesto de torcedores no caminho do CT ao estádio. Rojões e pedras foram atirados por vândalos – 14 deles foram identificados e presos pela Polícia Militar.
O atacante Brenner quase foi atingido por uma das pedras. Vale ressaltar que, na última sexta-feira, um grupo de torcedores protestou no CT da Barra Funda, pedindo a demissão de Fernando Diniz e criticando alguns jogadores do elenco.
O semblante de vários atletas era de pura frustração na saída de campo após o péssimo resultado. Luciano, autor do gol, ficou desolado no banco de reservas, sozinho, sem acreditar em novo tropeço em casa. Tiago Volpi, por sua vez, desceu de forma mais ríspida aos vestiários, reclamando e esbravejando com Reinaldo.
Em entrevista coletiva pós-jogo, Diniz confirmou que o clima após a goleada por 5 a 1 diante do Inter era o pior possível, porém o sofrimento fez o grupo ficar ainda mais junto em prol do título.“Com muito sofrimento e muita união. Todo mundo sofreu, mas serviu para a gente se unir e aumentar essa união”, confirmou o técnico.
Sobre os ânimos no vestiário após novo tropeço no Morumbi, Diniz deixou claro que o clima era de indignação. Tocou no assunto da discussão de Volpi e Reinaldo para enfatizar a chateação do plantel. “Não tem clima pesado e nem crise. O Volpi e o Reinaldo se dão super bem, e foi uma cobrança de jogo e ninguém aceitou o empate, tem que ficar indignado principalmente por causa do segundo tempo. A discussãochegou até o vestiário, sim, masfoi até saudável, na minha opinião. A indignação tem que existir mesmo.”
Pelo menos, Diniz dorme neste sábado ainda no comando técnico do São Paulo. O time volta a campo somente no domingo que vem, dia 31, contra o Atlético-GO, em Goiânia.