Quando Tiago Nunes chegou ao Corinthians no início do ano, todo torcedor acreditou que a diretoria seria agressiva no mercado, buscando montar uma equipe competitiva para o treinador. Nas primeiras semanas da temporada, parecia que a intenção do clube era dar todos os reforços que o novo comandante havia pedido. Chegaram ao CT Joaquim Grava os jogadores: Cantillo, Sidcley, Luan Ederson e Yony Gonzáles. Porém os anúncios pararam por aí. 

Duílio é direto sobre possibilidade de Corinthians repatriar Jô
Duílio é direto sobre possibilidade de Corinthians repatriar Jô

 

Logo em fevereiro, o Timão já tinha outra realidade. Além dos novos reforços que chegaram no maior campeão paulista não terem dado nenhum resultado, o Alvinegro foi eliminado da Libertadores, corre um grande risco de cair na primeira fase do Campeonato Paulista, uma grande crise financeira que se agravou durante a pandemia do novo Coronavírus que suspendeu o futebol tem preocupado a alta cúpula corintiana. 

 

Jô é o sonho da Fiel Torcida. Foto: Daniel Augusto/Agência Corinthians

Jô é o sonho da Fiel Torcida. Foto: Daniel Augusto/Agência Corinthians

Essa crise, que já é enorme, deve aumentar ainda mais, já que no início dessa semana, o Timão rescindiu com a MarjoSports. Com isso, o sonho da Fiel em repatriar o atacante Jô vai ficando cada vez mais distante. Em entrevista à equipe de redação do Globoesporte.com, o diretor-executivo de futebol, Duílio Monteiro Alves, falou sobre a expectativa e a possibilidade de trazer o artilheiro e ídolo da torcida corintiana de volta ao Parque São Jorge. O homem forte do futebol mostrou um certo pessimismo a falar sobre o assunto.

 

“Existe, sim, acompanhamento diário da situação dele (Jô). Ele começou aqui, fez muito sucesso aqui, teve excelente passagem em 2017. Se existir a chance dentro de valores compatíveis, sem fazer loucura, ele pode vir. Fora isso, não. Não dá para falar agora”, declarou.

 

Ainda nessa linha, Duílio afirmou que o clube não poderá fazer loucuras, que a partir de agora, todos irão viver uma nova realidade, avisou que é um momento de ter responsabilidade financeira e departamento financeiro tem trabalhado para adequar as despesas às receitas e, por isso, é impossível fazer previsões : “Temos monitorado o mercado, é nossa função, mas hoje é uma situação diferente vivida no mundo. Responsabilidade e pés no chão. Estamos em uma redução de folha de pagamento desde o ano passado para esse. É preciso ter cuidado nos números até porque é impossível prever quando vai ser a volta do futebol, economia no mundo. Todas as empresas passam por dificuldades, e Corinthians não é diferente”.

“Nesse período, a gente vem trabalhando bastante, acertando o fluxo de caixa e monitorando o mercado. Então, a gente não sabe ainda. Estamos fazendo um trabalho grande para ver o que pode ser cortado, adequando receitas, mas a verdade é que não sabemos ainda qual o tamanho da queda de arrecadação. Se voltar em junho é diferente de voltar em julho. Fica difícil prever. Ainda não temos claras as despesas. Trabalhamos com cautela e não concretizamos nenhum negócio por conta disso. Precisamos de um cenário melhor do futuro para fazer novas dívidas”.