Mesmo sendo vice-artilheiro do Vasco em 2020 com quatro gols, Fellipe Bastos não teve seu contrato renovado com o clube em dezembro, principalmente após umadiscussão com o ex-treinador Ricardo Sá Pinto, que acabou demitido no mesmo mês, determinante para otérmino da quarta passagem do volante por São Januário.
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Após 3 meses do ocorrido, o jogador de 31 anos detalhou o atrito nos bastidores com o português, elencandopontos centrais que, em sua opinião, fizeram com que sua saída fosse “forçada”, mesmo que já viesse sendo bastante criticado.
Em 3 de dezembro,foi impedido pela Conmebol de participar da derrota por 1 a 0 para o Defensa y Justicia, que eliminou o Vasco nas oitavas de final da Copa Sul-Americana, em decorrência da Covid-19. O jogador foi barrado por seguranças da Conmebol em São Januário, local que considera sua casa, e, incomodado como o processo foi conduzido, teve de ir à sala de Sá Pinto no dia seguinte para ouvir explicações e cobranças do português. O tom subiu, e o caldo engrossou.
Passagem do treinador foi completamente apagada – Foto: Heber Gomes/AGIF.
“No outro dia, ele me chama na sala dele para conversar comigo. Ele disse: “Você sabe que pode ficar fora de qualquer jogo que eu escolher”. Falei: “Claro, o senhor é o treinador e escolhe. Com certeza é alguma coisa que a gente tem que acatar”. Aí ele começou a se exaltar e a falar alto: “Você tem que me respeitar como treinador”. Eu falei: “Te respeito como treinador, mas você não precisa falar alto. Só estamos eu e você na sala, estamos conversando”. Ele: “Mas você tem que acreditar na minha palavra”. Falei: “Não sei se foi você, se foi o supervisor, se foi o diretor, mas eu acho muito estranho o que aconteceu. Eu estava liberado para jogar na Argentina e sete dias depois no Brasil eu não estava. Mas cabe a mim aceitar ou não”,recordou Bastos.
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Em sua passagem, ficando conhecido pelo temperamento explosivo, Sá Pinto começou a gesticular e apontou o dedo a Fellipe, segundo relato do volante. Foi o final da conversa, já que, no entendimento do jogador, o treinador passara do ponto ali:
“Aí ele ficou possesso, começou a falar alto, gritar… Quando ele botou o dedo na minha cara, eu falei: “Cara, eu te respeito como treinador, mas você não é meu pai para ficar falando assim comigo. Então fala baixo, e a gente conversa normal”. Ele falou mais alto, a gente se exaltou, e um falou alto com o outro. Aí eu saí da sala, e ele falou: “Vai treinar afastado”,revelou o meia, conforme publicou o GloboEsporte.com.