Um grande dilema vem tomando conta dos programas esportivos do país nas últimas semanas: o retorno do futebol em meio à pandemia de Covid-19. Clubes, torcedores e dirigentes projetam o retornodas atividades e, posteriormente, dos campeonatos que estão paralisados desde o dia 16 de março, isso obviamente respeitando os requisitos de saúde das autoridades.
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Dos clubes considerados gigantes do país, Grêmio e Interforam as primeiras equipes a voltarem aos treinos. A dupla gaúcha apresentou um protocolo com todos os cuidados na norma de saúdee contou com o decreto da prefeitura de Porto Alegre, que acabou permitindo que as equipes retomassem as suas atividades. Além da Federação Gaúcha autorizar, a Federação de Santa Catarina também permitiu que clubes do seu Estado possam realizar os treinos.
Beto Preto deixou claro que a previsão para o retorno do Estadual é mínimia diante do aumento de casos de Covid-19 no PR. Foto: Geraldo Bubniak/AEN
Por conta disso, Athletico-PR e Coritiba também pensam em voltar às suas atividades e esperam a decisão da federação local. De acordo com a jornalista Nadja Mauad, do site Globoesporte.com, a entidade vai entregar aos órgãos de saúde, nos próximos dias, um novo protocolo médico com medidas que devem ser tomadas por todos os times do PR. Entre as recomendações, estão testes em atletasantes da reapresentação, higienização de todas as áreas do clube, trabalhos realizados em grupos reduzidos e com distanciamento de, no mínimo, 2m.
Porém, essa negociação entre a Federação Paranaense de Futebol (FPF) e o órgão público responsável não deve ser tão simples assim. Na última quarta-feira (13), o Secretário da Saúde, Beto Preto, em entrevista para o Globoesporte, disse que ainda estava estudando a possibilidade de retorno, mas que, naquelemomento, as chances eram mínimas uma vez que os casos de Coronavírus no estado estão aumentando.
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“Existe uma predisposição para estudar o caso, porém esbarramos na questão dos testes pré-jogo. Porque o teste rápido acaba podendo apresentar um falso negativo muito grande e, de repente, um jogador contaminado assintomático pode transmitir para todos. Estamos trabalhando, mas nesse momento não dá para flexibilizar. Então nós temos que estudar com calma e respeito, a curva ainda está ascendente, mas já está querendo mostrar uma patamarização. Se começar a cair, vamos ter boas notícias e vamos conseguir flexibilizar o esporte, desde que a curva comece a cair, isso é importante”, pontuou Beto Preto.
