O volante Arouca chegou aoPalmeirasem 2015, um ano depois de o time lutar contra o rebaixamento. Naquela época, o Alviverdepassava por umagrande mudança em vários setores, com o intuito dedeixar de brigar na parte de baixo, para buscar títulos. Em entrevista exclusiva àGazeta Esportiva, o hoje atleta do Figueirenserelembrou sua passagem pelo Verdão e a retomada pelo protagonismo do clube.

Foto: Cesar Greco/Palmeiras.
Foto: Cesar Greco/Palmeiras.

“O momento que chegamos ali era um momento de incerteza do clube, vindo de um ano em que se livrou do rebaixamento. E o torcedor já estava cansado dessa situação. Foi uma transição com muitas contratações e no ano seguinte já ter chegado em uma final do Paulista, vencido a Copa do Brasil, alí ganhamos confiança, recuperou a auto-estima do torcedor no meu modo de ver. E o torcedor abraçou a causa, voltou a comprar camisa, voltou a se associar ao clube, voltou a ter alegria de assistir aos jogos do Palmeiras. Acho que foi fundamental aquele ano, esse momento de transição. Na minha opinião fazemos parte disso sim e agora virou essa potência, já era, sempre foi, mas em algum momento tinha deixado de ser”, analisou.

Arouca teve boa participação no título da Copa do Brasil – Foto: Cesar Greco/Palmeiras.

Arouca teve boa participação no título da Copa do Brasil – Foto: Cesar Greco/Palmeiras.

Outro jogador que teve destaque durante esse período de mudanças no clube, foi Gabriel Jesus. O garoto foi reveladojustamente em 2015, ano em que Arouca foi contratado. O experiente volante rasgou elogios ao jovem centroavante, que teve papel decisivo nas conquistas da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro.

“Fui privilegiado de pegar o início da carreira do Neymar da maneira que foi, ver toda a evolução que ele teve no Santos, e depois pegar o Gabriel Jesus, participar desse crescimento dele no Palmeiras. Um jovem humilde e que você via que era focado no que ele queria. Dava para perceber. Treinava que nem um cavalo desde que subiu. Como eu já participei de muitos clubes, você vê alguns jogadores subindo e já achando que são o bam-bam-bam. Ele era um garoto focado, por mais que já tinha um nomezinho pela maneira que ele subiu, já era querido entre os torcedores, mas ele não deixava isso subir à cabeça, pelo contrário, dava para ver que o moleque queria aprender, queria evoluir, queria crescer, tanto que hoje é o nosso centroavante da Seleção Brasileira, está fazendo sucesso na Europa, é um garoto excepcional, de uma humildade e de um caráter ímpar”.

O volante atuoude2015 a2017, entrando em campo em 59 partidas e conquistandouma Copa do Brasil e um Campeonato Brasileiro. Depois de deixar o Verdão, passou por Atlético-MG e Vitória, e nesta temporada foi contratado pelo Figueirense, por onde fez cinco jogos antes da paralisação pela pandemia.