Só a técnica, não basta
O Uruguaio Giorgian Arrascaeta, camisa 10 cerebral à moda antiga, vive um dilema em sua carreira. No Flamengo, o jogador é ídolo da torcida, e apesar das frequentes lesões, ninguém discute sua titularidade quando o craque está apto a jogar. Já na Seleção Uruguaia o meia vem amargando constantemente a reserva. Na Copa, inclusive, ficou nas duas primeiras rodadas no banco, sendo acionado e decisivo na terceira rodada do torneio. Tarde demais. Uruguai foi eliminado na chave de grupos.
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Neste meio tempo, entre a Copa do Mundo e as Eliminatórias, o Uruguai trocou de técnico, indo de Diego Alonso para Marcelo Bielsa, e Arrascaeta com a chegada de ‘El Loco’, continuou no banco. Além dos problemas físicos do meia, o que pode explicar a reserva no Uruguai talvez seja a forma que outros técnicos fora do Brasil, enxergam o papel do jogador de meio-campo em um jogo. Na Europa se prezam por jogadores combativos, com forte marcação, pressão, o que foge um pouco das características de Arrasca.
Contato com treinador europeu
Prova disso é que Bielsa, atual técnico da Celeste, treinou em sua carreira Prova disso é que Bielsa, atual técnico da Celeste, treinou em sua carreira majoritariamente times da Europa, vindo para a América do Sul com uma metodologia clara sobre como as táticas e o jogo correm no velho continente. Se o jogador não se adapta, está fora do certame. Arrasca aos 29 anos, nunca jogou em um time europeu, e provavelmente pela idade, talvez nunca tenha essa possibilidade.
Se jogasse na Europa, Arrascaeta faria o mesmo sucess que faz no Brasil?
Se jogasse na Europa, Arrascaeta faria o mesmo sucess que faz no Brasil?
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Então como explicar jogadores que também atuam aqui no continente, como De La Cruz do River Plate, sendo titular do Uruguai e Arrascaeta não? Bem, De La Cruz exerce papel fundamental no time argentino desde os tempos de Gallardo, com grande disposição tática, velocidade e força na marcação. Não que disposição falte a Arrascaeta, mas De La Cruz por vezes se mostrou um meia mais dinâmico, com o fato de que a ida do jogador sempre é cogitada no Flamengo.
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Que Arrascaeta é um jogador diferenciado, fora do padrão dos moldes brasileiros, isso não se discute. Mas, basta entender também os motivos que outros técnicos de nome que avaliam a seleção do Uruguai com critérios, enxergam para manter o ‘Mago’ no banco. Para um jogador especial como Arrascaeta uma só hipótese nunca irá definir seu futebol, mas pode ser o princípio de alguns de seus problemas.