Ficou um gostinho amargo, mas o Dallas Cowboys chegou a sonhar com a melhor campanha da NFC e, até mesmo, com o título do Leste. Não veio nenhum dos dois na semana 18. A primeira vaga de wildcard, garantida com antecedência, mostra que o time tem um bom potencial para voos maiores na pós-temporada, apesar da inconstância de Dak Prescott e de algumas questões a serem resolvidas na defesa. Em nossa prévia para os playoffs da NFL, confira uma análise sobre o Cowboys!
Destaques: ataque com Prescott e consistência ao longo do ano
A estreia diante do Tampa Bay Buccaneers trouxe um sinal de alerta ao Cowboys: o quarterback Dak Prescott sofreu uma lesão no polegar. Foram cinco partidas sem contar com a sua principal estrela e um dos destaques da temporada passada. No entanto, o time se manteve em alta: quatro vitórias e uma derrota com o reserva Cooper Rush assumindo o bastão e correspondendo. Na sequência, triunfos valiosos diante de Cincinnati Bengals (20-17) e New York Giants (23-16).
Para Gabriel Plat, administrador da página Blue Star Brasil, o principal mérito da campanha se deu neste momento. "Foi superar os jogos no qual Dak Prescott não jogou por estar lesionado. Já vimos o Dallas Cowboys desmontar em outras temporadas jogando com seu quarterback reserva, mas nessa temporada o time conseguiu ser sólido o suficiente para vencer sem seu titular", disse, em entrevista ao Bolavip Brasil.
Com Prescott de volta, o nível do ataque se elevou. Os números não mentem: desde o seu retorno, o Cowboys ostenta a maior média de pontos por jogo (32.5), com destaque para a conversão em terceiras descidas (52,3%), mostrando um time afinado em momentos chave. Já Prescott não conseguiu repetir o desempenho do último ano, mas exibiu boas atuações: anotou 23 touchdowns para 2860 jardas nas 12 partidas em que esteve presente. Equilibrado, Dallas apresenta alternativas ofensivas confiáveis no jogo aéreo e terrestre, casos do wide receiver CeeDee Lamb (9 TDs) e do running back Tony Pollard (9 TDs).
Pontos de atenção: interceptações de Prescott e deficiência na defesa
Termômetro do time, Prescott apresentou um lado preocupante nesta temporada: o alto número de interceptações. O erro em leituras e passes forçados o levou a ser o quarterback com mais interceptações na NFL (15) ao lado de Davis Mills, do Houston Texans. Isso pode ser um fator preocupante na pós-temporada, mesmo com um bom ataque à disposição.
Já a defesa tem um problema em uma posição específica: a de cornerback. "A defesa tem uma deficiência clara na posição de cornerback depois das lesões do Anthony Brown e Jourdan Lewis. Ainda que DaRon Bland esteja jogando bem, Kelvin Joseph e Nahshon Wright não mostraram bom desempenho e preocupam", analisa Plat. O setor se mostra mediano contra o jogo terrestre: 11º pior em jardas por jogo.
O que vale ficar de olho: combate ao quarterback adversário e 'sarrafo alto'
O conhecido pass rush é um dos principais pontos fortes do Cowboys na temporada. Neste ano, o time aparece como o 2º melhor da NFL (52,1%) no índice que força o quarterback adversário a lançar a bola rápido. Destaque, o linebacker Micah Parsons lidera a estatística de entre todos de sua posição. O que reflete outro dado curioso: o de ser o time que mais provoca interceptações e turnovers do oponente (33) na temporada. Mérito da 4ª defesa que menos leva pontos entre os 32 times. No entanto, os bons números causam uma expectativa acima dos demais times de wildcard. É o não-campeão de divisão mais forte entre os classificados aos playoffs. O que pode ser um peso extra, sobretudo por não ter mando de campo e jogar em estádios de grama natural, diferente do sintético do AT&T Stadium.
Outros nomes para ficar de olho: o running back Ezekiel Elliott e o safety Donovan Wilson.
Quando joga pelos playoffs da NFL?
Fora de casa, o Dallas Cowboys visita o Tampa Bay Buccaneers nesta segunda-feira (16), às 22h15, horário de Brasília.
