O governo do estado de Minas Gerais proibiu a realização de partidas de futebol de outros estados em solo mineiro, por causa do aumento dos casos de Covid-19 em todo o território brasileiro.

Romeu Zema, governador de Minas, proibiu jogos de outros estados
© Reprodução/YouTubeRomeu Zema, governador de Minas, proibiu jogos de outros estados

Romeu Zema (NOVO-MG), governador do estado, anunciou nesta terça-feira (16) medidas para combater o avanço da pandemia, e avisou que a onda roxa seria aplicada em todas as regiões do estado a partir desta quarta-feira (17).

Fábio Baccheretti, secretário de Saúde de Minas Gerais, disse em entrevista coletiva na sede do governo: “Seria muito incoerente a gente tomar uma medida tão dura, tão restritiva como essa que estamos tomando no estado e permitir que jogos de outros estados acontecessem aqui em Minas Gerais, lembrando que, na onda roxa, os hotéis não podem receber turistas.”

Ele continua: “Fica inviável o recebimento de jogos de outros estados na onda roxa. Por definição, ela não vai permitir essa circulação. Na circulação entre estados, as barreiras sanitárias vão abordar se estão indo para serviços essenciais ou não”.

Cinco partidas de outros estados estão pré-agendadas para acontecerem em estádios mineiros nos próximos dias: Dois jogos da Copa do Brasil sub-20 nesta terça-feira (16): Trem-PA x Avaí e Real Ariquemes-RO x Náutico, no Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte; São Bento x Palmeiras, pelo Campeonato Paulista, nesta quarta-feira (17); Caldense x Vasco, nesta quinta-feira (18), pela Copa do Brasil.

Estado inteiro precisa seguir recomendação

“A onda roxa é obrigatória. Todo município precisa, sim, aderir à recomendação. Dessa forma, o futebol não poderá funcionar, pela obviedade do momento e de hotéis não funcionarem”, reforçou o secretário.

“Lembrando que, na Onda Roxa, os hotéis não podem receber turistas, então fica inviável o recebimento de jogos de outro estado. A própria Onda Roxa, por definição, não vai permitir que haja essa circulação. As barreiras sanitárias irão impedir essas pessoas e ver se elas estão indo para serviços essenciais. Se estiverem indo para serviços essenciais, eles poderão prosseguir, se não, serão notificados para retornar”.

“Nós realmente consideramos incoerente a manutenção de qualquer tipo de jogo. Iremos discutir com as federações para achar alguma conclusão sobre isso. O jogo não é só a estada do jogador em campo e os riscos sanitários para isso. Vamos avaliar ao longo do dia sobre isso”, finalizou Baccheretti.