O Botafogo vem fazendo um bom Campeonato Brasileiro, onde é líder isolado com 24 pontos, mantendo dois de vantagem para o segundo colocado. Apesar de não ter iniciado bem a temporada, já que amargou uma eliminação precoce no Estadual. Sob o comando do técnico Luís Castro vem demonstrando evolução dentro de campo. Durante entrevista ao programa Baita Amigos na última segunda-feira (19), o comandante ressaltou o desempenho do elenco.
Luís Castro ainda foi questionado se o elenco atual do Glorioso conseguiria manter o mesmo ritmo até o fim da temporada. O português valorizou o elenco atual, mas destacou que há espaço para a chegada de reforços. “É sempre difícil fazer essas projeções. As lesões vão nos atingindo, todos estão prontos para dar seu melhor, mas as equipes são formadas por pequenas sociedades dentro de campo, e esse conjunto de sociedades às vezes se quebra com lesões ou suspensões”.
“Estamos conseguindo manter essa sintonia. Mesmo que tecnicamente um jogador não esteja no mesmo nível do outro ou o nível de entendimento do jogo não seja o mesmo, a nível mental e físico a equipe está em um nível muito bom. Há uma ou outra posição em que poderíamos fazer um upgrade e melhorá-la. Nós treinadores sempre queremos mais e mais, mas estou muito satisfeito com o elenco que tenho, muito satisfeito com os jogadores que tenho, que são muito determinados, têm muita ambição. Com esses valores de coragem, compromisso e respeito, podemos continuar no mesmo caminho”, completou.
Luís Castro ainda analisou de forma mais profunda o desempenho da equipe no Campeonato Carioca, quando chegou a ter a sua saída pressionada pela imprensa e torcedores da equipe diante dos resultados. O comandante aproveitou para criticar a postura da imprensa na situação. “A imprensa sabe o que o cliente quer, tem estudos no mercado, sabe quando o pico da audiência está, sabe o que vende menos. Em função desse GPS da imprensa, adotam um discurso e dá ao cliente aquilo que ele mais quer. E já percebeu que quanto mais problemas trouxer, mais será ouvido. O ser humano tem essa característica que é um paradoxo, muitos vão ver uma corrida na Fórmula 1 para ver se tem algum acidente. No futebol também acontece isso. Já senti muito isso, no final de um jogo do Estadual todos achavam que eu deveria sair, quase todos não entendiam como eu ainda podia continuar”.
“Tive um conjunto de jogadores lesionados, eu dizia que quando a equipe estivesse toda teríamos melhores resultados. O Estadual não tem qualquer qualidade pelos terrenos do jogo e pelas formas como as equipes encaram o jogo, os jogos tinham 30% de bola rolando. Abordamos o Estadual com sete dias de treino. Não houve um interesse de analisar de forma profunda, mas nada me surpreendeu nesse momento. Já sabia que era assim. Não estou dizendo que não fizemos um Estadual horrível. Fizemos. Deveríamos ter passado para as semifinais. Mas aí a mídia pedir a saída de um treinador?”, questionou o português.