A agência Reuters divulgou no início deste mês um estudo do “Howden’s European Football”, dando conta de que nenhum clube sofreu mais prejuízo por lesões na temporada passada que o Paris Saint-Germain. Os gastos chegaram aos 34,2 milhões de libras (R$197 milhões). A pesquisa analisou jogadores das cinco principais ligas europeias (Inglaterra, Alemanha, Espanha, Itália e França) e apontou que o prejuízo total aos clubes foi de 513 milhões de libras (cerca de R$3 bilhões) – um aumento de 29% em relação à temporada passada (2020/2021) na Europa.

Foto: Octavio Passos/Getty Images
Foto: Octavio Passos/Getty Images

O fisioterapeuta brasileiro Luis Fernando Garcia – conhecido como “Pato Fisio” – que integra o staff de acompanhamento do lateral brasileiro Emerson Royal, do Tottenham, apontou que um dos fatores que contribuem para o excesso de lesões no futebol europeu é o acúmulo de jogos devido aos calendários estarem mais enxutos por conta da Copa do Mundo.

“Algumas lesões vem ocorrendo em atletas com grandes chances de ir ao mundial e o grande estresse e o medo de se machucar fazem com que o estado mental acabe reagindo de forma mais protetiva, o que não é benéfico para o estado físico em competições de altíssimo nível como os campeonatos na Europa”, analisou.

O profissional, especialista em fisioterapia biotecnológica, processo que resulta em recuperação em tempo recorde de atletas, destacou ainda que a melhor saída seria cada clube manter contato direto com o staff dos jogadores e vice-versa. Aplicação de questionários de controle de carga, controle de qualidade do sono, análises bioquímicas e informações nutricionais, são exemplos de medidas que segundo ele, poderiam ser eficazes:

“Isso tudo com o intuito de reduzir ao máximo o risco de lesões ao longo dos campeonatos. Em alguns clubes aqui da Inglaterra (Manchester United, Manchester City, Tottenham, Arsenal) essa troca de informações já ocorre e os clubes vêm dando um pouco mais de relevância em relação aos staff. Com isso, o resultado já vem sendo observado a cada mês”, afirmou.

Pato integra atualmente também o time da Recovery Performance Sports (RPS), que é uma empresa especializada não só na recuperação de atletas, mas também na prevenção de lesões.

A RPS é uma empresa que foca, além da recuperação de atletas lesionados, mas também na prevenção e aumento de todas as fases da performance do atleta, sob o comando do médico ortopedista Luiz Felipe Carvalho, o fisioterapeuta Luís Fernando Garcia, o ‘Pato’, do especialista em performance do futebol Lincoln Nunes e do neurocientista Dr. Fabiano de Abreu Agrela.