Fernandinho não fica em silêncio e expõe diferenças do VAR da América do Sul com Europa: "Decisões valiam muito mais"

O confronto entre Athletico e Estudiantes, na noite da última quinta-feira (4), pela ida das quartas de final da Copa Libertadores da América, foi marcado por polêmica. Ainda no primeiro tempo, o Furacão teve um pênalti a seu favor assinalado. No entanto, após revisão do VAR, o árbitrovenezuelano Jesús Valenzuela voltou atrás e anulou a marcação.

Após a partida, o volante Fernandinho, escolhido pela Conmebol como o melhor em campo no duelo com os argentinos, concedeu entrevista coletiva ao lado do técnico Luiz Felipe Scolari. O experiente meio-campista, que atuou por muitos anos na Europa e retornou recentemente após defender o Manchester City, da Inglaterra, comparou as ações do VAR nos continentes sul-americano e europeu.

“Nas competições europeias tinha o mínimo de interferência possível por parte do VAR. Na Inglaterra, principalmente, nas competições domésticas, as decisões de campo valiam muito mais do que as decisões do VAR. Os árbitros em campo tinham uma autonomia muito grande para tomar as decisões“, disse.

“Aqui na América do Sul, sem dúvida nenhuma, a gente tem uma interferência muito maior por parte dos árbitros de vídeo“, adicionou Fernandinho. De olho no jogo da volta, na próxima quinta-feira (11), longe de casa, o volante está consciente de que o Athletico deve encarar a famosa “catimba argentina“. O Furacão precisa de uma vitória simples para ir à semifinal.

“Vamos encontrar lá um cenário típico de Libertadores, um certo tipo de cera, e vamos para conquistar o resultado positivo na casa deles. Será um jogo brigado, como foi hoje. Creio que lá eles tentarão jogar mais com a bola no chão, sendo perigosos nas bolas áreas. Nos portamos bem, eles não tiveram chances e temos que nos focar no que se decide dentro de campo”, completou o meio-campista.