Vivendo uma stiaução delicada no Grêmio, Douglas Costa concedeu entrevista exclusiva ao canal Pilhado, no Youtube. O camisa 10 e capitão da equipe falou sobre a pressão que vive, a falta que o público poderá fazer após a invasão na Arena e questionou o trabalho de Luiz Felipe Scolari.

Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

Em primeiro lugar, o atacante falou sobre a situação psicológica dos jogadores: “Sendo humilde, quando você está no topo dessa cadeia, eu sou um dos caras, senão o mais importante, um dos. Então acaba que é raro alguém brigar comigo. Eu cobro eles, digo que podem me cobrar, digo que sou normal e quero ajudar muito o Grêmio. Não tem essa relação de a gente brigar no vestiário. A gente se cobra. Tem coisa que pesa no vestiário até alguém se reportar a nós. Acredito que o momento é muito psicológico, a gente fez muitas trocas de treinadores. Desde que estou aqui a gente pegou quatro treinadores. O time oscila muito. Não oscila e troca de peças, mas sim de atitude. Para nós, ali, acostumados, sabemos que temos que fazer o melhor para a equipe, mas tem cara que mexe mais com o emocional. Como falo, não tem tempo para ficar lamentando e fazer essas 11 partidas como se fosse uma final”.

Logo depois, o camisa 10 lamentou a possível punição que o Grêmio deve sofrer pela invasão dos torcedores na última partida contra o Palmeiras: “É uma coisa que a Arena, independente dos resultados que estamos tendo, a gente sempre joga para cima, tenta o máximo. Ainda mais com o Mancini que tem uma ideia de jogo para frente, pressionar lá em cima, numa ideia que eu fui ensinado lá fora, jogar em cima, arriscar, criando oportunidades. A torcida realmente estava apoiando muito. A gente perdeu mais um jogador, se tivéssemos um 12º. A torcida realmente estava muito bem, mas teve esse episódio que foi chato”.

Foto: Pedro H. Tesch/AGIF

Em seguida, questionou o trabalho de Felipão: “Não é que não deu certo, o Felipão pegou o time com dois pontos e fez 20. Da maneira da qual ele trabalhava, era mais defensiva, mas era gremista, entregou toda sua paixão dentro do clube. Para ser sincero, nunca trabalhei com o Felipão, não sabia como era, sabia de boatos que era mais defensivo. Mas foi um cara que super me entendeu, me ajudou na readaptação dentro do futebol brasileiro, me colocou dentro de vários setores, tentando que eu fosse um dos protagonistas do time. Tem certas coisas que eu nasci, vivi e aprendi com o futebol para frente. Então, jogar por uma bola às vezes prejudica, nessa linha que a gente foi perdendo nosso caminho. O Felipão sempre foi um cara que deu a cara para bater, nunca fugiu. O professor Felipe tem uma ideia de jogo da qual nem todo mundo casou com ele. Mas me doei ao máximo pela ideia dele, apesar de que não é a minha ideia de jogo. Eu sou um cara que fui comprometido com isso. Conversei com o Mancini, qualquer treinador que passar aqui, porque acho que a gente tem a função ideal de trabalhar em prol do Grêmio. Mas resumindo tudo isso, acho que o Felipão nos deu 20 pontos importantes nessa caminhada”.

Por fim, falou sobre o tratamento do auxiliar de Felipão, Paulo Turra: “O Turra é um cara que a gente aprendeu a conviver. Como falamos aqui no Sul, é um cara mais rígido, grosso, do interior. Mas foi um cara bacana também, que nos pressionou, nos alertou de várias coisas importantes. Cada um tem sua parcela de culpa e contribuição”.