Mesmo conquistando uma ótima vitória por 2 a 0, podendo até ter feito mais gols, se não fosse as acertadas intervenções do VAR, além de boas defesas de Weverton,o River Plate acabou retornando para a argetina com a eliminação na mala e viu uma habitual loucura das rádios e TVs de Buenos Aires que ficaram ligadas em alto som até alta madrugada, conforme publicou o portal “UOLEsporte“.

Luiz Adriano teve atuação apagada – Foto: Cesar Greco/SEP.
Luiz Adriano teve atuação apagada – Foto: Cesar Greco/SEP.

Como em tordas as partidas, atransmissão mais aguardada na capital portenhafoi de novo a da “FM TOP 104,9”, que transmite os jogos do River desde 1991 e mantém vivo o costume de tirar o som da TV e escutar apenas o relato do rádio. “Nunca vi um time brasileiro fazer cera desde o primeiro minuto de jogo”, destacou logo cedo o narrador Atílio Costa Febre, ao lado do comentarista Silvio Chattas, tido pelos argentinos (com justiça) como o profissional que mais entende de River no país: “Nem contra oGrêmio, naquela semifinal de 2018, vimos algo parecido. Naquela, o River venceu. Nesta também está bem”.

Costa Febre é amigo de longa data do técnico Marcelo Gallardo – foi Atilio quem inventou em 2014 o apelido de “Napoleón” para o treinador. Ao longo do encontro, fez inevitáveis elogios ao River: “É a melhor atuação do ciclo Gallardo. Não é? Me digam então qual, tendo a obrigação de fazer três gols?”. Além disso, criticou o ataque doPalmeiras: “Cadê o ataque brasileiro? Cadê o time mais efetivo do campeonato, cadê o Luiz Adriano, jogando de zagueiro! Não chutam uma bola ao gol de Armani”.

Durante a partida, com os lances sendo revisados pelo árbitro de vídeo, o narradordramatizou dizendo que “estavam roubando até suas calças”, e defendeu que o River “voltasse a Buenos Aires com o jogo ainda em andamento”. Mais calmo, o comentarista Chattas muitas vezes fazia suas intervenções apenas lendo alguma estatística marcante de finalizações ou posse de bola e batendo palmas, masnenhum dos dois questionou as marcações.

VAR ajudou o árbitro a tomar decisões corretas – Foto: Cesar Greco/SEP.

Já perto do fim do jogo, deixando claro que o time argentino deveria estar goleando,Costa Febre começou a repetir que a equipe de Gallardo estava “cagando o Palmeiras a boladas”, gíria (“lo cagó a pelotazos”) usada para dizer que um time estava atropelando o outro. A transmissão no final passou a gozar o medo do Palmeiras, “tremem, tremem os brasileiros!”, levando ao ar amúsica”Miedito ou qué?” (“Medinho ou quê?”), reggaeton da colombiana Karol G.

Palmeiras vai enfraquecido para a final?

Palmeiras vai enfraquecido para a final?

Sim, infelizmente.
Não, águas passadas.

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Após o apito final, mesmo com a eliminação dos argentinos, o narrados nãobaixoua guarda: “O River não caiu de pé. Segue de pé”, falou. “É o melhor time da Libertadores. Não só dessa. Quem conhecefutebolsabe que o River é o melhor da América há seis anos”, finalizou, repetindo outra gíria bem comum nas ruas de Buenos Aires, “a la gilada ni la hora”, que significa “aos tontos, não digo nem que horas são”.