Ganso vê "10 clássico" em extinção, mas aponta futuro craque da base do Fluminense: "Ele é até mais rápido, nos dribles e tudo"

O meio-campista Paulo Henrique Ganso é um dos principais destaques do Fluminense na temporada de 2022. Nesta segunda-feira (26), em entrevista publicada pelo site Globoesporte.com, o jogador, de 32 anos, relembrou momentos da carreira, destacou o momento vivido no Tricolor das Laranjeiras, exaltou o técnico Fernando Diniz e também se manifestou sobre o futuro de sua posição.

Em grande momento com a camisa do Fluzão, Ganso foi questionado sobre a possível extinção no futebol do chamado “camisa 10 clássico“. O meia admitiu que no mundomais voltado para a tática que vivemos hoje, a posição está ameaçada, mas alguns ainda resistem, inclusive uma jovem promessa da base tricolor, que vem chamando atenção.

“Está, sim. O Arthur, menino aqui doFluminense, tem esse estilo de jogo. Ele é até mais rápido. Nos dribles e tudo. Isso falando da base. No profissional, a gente vai falar do Nacho (Fernández), do (Raphael) Veiga, do Arrascaeta. Acho que, basicamente, são esses“, disse Ganso, se referindo ao garoto de 17 anos, que já é analisado por Diniz para ganhar chances em 2023.

O atual número 10 do Fluminense também analisou os motivos para a mudança de característica na posição. “Talvez porque os técnicos querem jogar mais pelo resultado. Talvez o camisa 10 não volte para marcar e acabe atrapalhando o esquema do treinador. Mas se a gente parar para analisar, quais foram os últimos times que foram campeões aqui no Brasil, ou da Sul-Americana ou da Libertadores?“, questionou.

“A gente vai falar de Flamengo, Palmeiras, Atlético-MG. E aí? Todos eles têm o jeito de jogar para atacar e têm sempre o meia de criação ali. E as vezes até dois, como o Flamengo tem. Então espero que os treinadores possam olhar de uma maneira diferente para o camisa 10“, completou Ganso, que soma 47 jogos na temporada, com oito gols e oito assistências.