Há pouco tempo aposentado das quadras, Roger Federer admitiu que poderialevar adiante a possibilidade de virar técnico no futuro. O suíço, que participou de uma exibição no Japão na última semana, comentou sobre como tem sido a vida pós-circuito, visto que ele tem se dedicado a passar mais tempo próximo da família.
“Nunca diga nunca. Stefan Edberg disse o mesmo, que nunca iria treinar alguém, até que ele recebeu um telefonema meu e ele disse ‘ok, deixe-me tentar por um ano’. No momento, com meus quatro filhos indo para a escola e tudo acontecendo, não me vejo treinando ninguém. Se um juvenil aparecer e precisar de algum apoio ou conselho, ficarei feliz em fazer isso”, esclareceu Federer.
Roger se despediu das quadras oficialmente na Laver Cup, em setembro. Na oportunidade, ele fez dupla com Rafael Nadal para enfrentar os norte-americanos Jack Sock e Frances Tiafoe. O torneio acabou marcando por várias homenagens e celebrações pela carreira do suíço, que não conseguiu voltar ao mesmo nível desejado por conta de lesões no joelho.
“Como tenista, você sempre fica pensando no próximo treino, na próxima partida. Não acho que estava muito ciente disso, o quanto esse pensamento está sempre lá, até você me aposentar e então perceber que todo o estresse desaparece”, afirmouo suíço, sobre os sentimentos de aposentadoria.
Ele ainda refletiu sobre as dificuldades de vivenciar o circuito. “Vemos isso de vez em quando. Sempre lamento, porque ainda poderia acontecer muita coisa no futuro, mas o circuito é difícil, com suas viagens, treinos, jetlag. Ninguém pode dizer ‘estou cansado hoje’, porque parece que você é fraco. Por isso que os jogadores às vezes acabam com problemas mentais. Você tem que mostrar força, mas não somos máquinas, somos seres humanos”, completou.