A poluição química já não é mais uma ameaça iminente, ela se tornou realidade e foi além do que se previa, afetando não somente a natureza, solos e rios. Ela agora alcança também o organismo humano. Tratam-se de produtos conhecidos como poluentes orgânicos persistentes (POPs), que além de tóxicos, não se degradam com facilidade podendo demandar muitos anos para se decompor.
As informações são do portal MegaCurioso. Alerta em todo o mundo, um estudo realizado em março deste ano confirmou a presença de microplásticos no sangue humano, em tetes realizados em 22 pessoas. Mesmo com resultados que confirmam a existência desses fragmentos em 80% das pessoas, a amostra não foi suficiente para comprovar danos para a saúde humana.
A análise foi realizada por grupo de cientistas da Suécia, Reino Unido, Canadá, Dinamarca e Suíça. Antes disso, em 2020, cientistas americanos detectaram pela primeira vez micro plásticos e nano plásticos em órgãos e tecidos humanos. O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade do Arizona, nos EUA, foi apresentado no congresso virtual de outono da Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês).
Naquele ano, pesquisadores encontraram o material em todas as 47 amostras de pulmões, fígado, fígado, baço e rins que analisados. Na ocasião, os cientistas consideram a descoberta preocupante. Alguns POPs são regulamentados pela Convenção de Estocolmo da ONU, um tratado global que regula a utilização de produtos químicos tóxicos e que busca combater o impacto ambiental negativo causado por esses produtos.