A poluição química já não é mais uma ameaça iminente, ela se tornou realidade e foi além do que se previa, afetando não somente a natureza, solos e rios. Ela agora alcança também o organismo humano. Tratam-se de produtos conhecidos como poluentes orgânicos persistentes (POPs), que além de tóxicos, não se degradam com facilidade podendo demandar muitos anos para se decompor.

Químicos estão na nossa corrente sanguínea e podem persistir por anos. Foto: Pixabay.
Químicos estão na nossa corrente sanguínea e podem persistir por anos. Foto: Pixabay.

As informações são do portal MegaCurioso. Alerta em todo o mundo, um estudo realizado em março deste ano confirmou a presença de microplásticos no sangue humano, em tetes realizados em 22 pessoas. Mesmo com resultados que confirmam a existência desses fragmentos em 80% das pessoas, a amostra não foi suficiente para comprovar danos para a saúde humana.

A análise foi realizada por grupo de cientistas da Suécia, Reino Unido, Canadá, Dinamarca e Suíça. Antes disso, em 2020, cientistas americanos detectaram pela primeira vez micro plásticos e nano plásticos em órgãos e tecidos humanos. O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade do Arizona, nos EUA, foi apresentado no congresso virtual de outono da Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês).

Naquele ano, pesquisadores encontraram o material em todas as 47 amostras de pulmões, fígado, fígado, baço e rins que analisados. Na ocasião, os cientistas consideram a descoberta preocupante. Alguns POPs são regulamentados pela Convenção de Estocolmo da ONU, um tratado global que regula a utilização de produtos químicos tóxicos e que busca combater o impacto ambiental negativo causado por esses produtos.