Falaram de anular a partida, tudo explicado: Advogado revela polêmica sobre lance de Yuri Alberto no Corinthians

O Corinthians protagonizou nesta última terça-feira (19) uma das partidas mais emocionantes de todo o Campeonato Brasileiro. O empate de 4 a 4 contra o Grêmio chegou a ser frustrante para parte da Fiel, que viu o Timão ir para o intervalo com a vantagem no placar. Entretanto, para outros adeptos do Alvinegro, o único ponto conquistado na Neo Química Arena veio em meio a uma polêmica com a arbitragem de Wilton Pereira Sampaio e o VAR de Emerson de Almeida Ferreira.

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VAR, polêmica com Yuri Alberto e anulação

Quando o jogador do Grêmio cruza a bola e o atacante Yuri Alberto intercede o lance com a mão, na reta final do confronto, tanto o árbitro do campo quanto a cabine do VAR consideraram a jogada como legal. Porém, bastou a partida ser encerrada para a discussão tomar os debates esportivos. Em reportagem do Lance, o advogado Felipe Crisafulli, especializado em direito desportivo no escritório Ambiel Advogados, explicou o motivo que impossibilita a anulação do duelo a partir de uma regra da CBF.

“É possível entender que esse posicionamento deixa ainda mais claro que a questão envolve mero erro de fato, decorrente de interpretação equivocada, pelo corpo de arbitragem, da conduta praticada pelo atleta no campo de jogo, e não de desconhecimento da regra pelo árbitro principal da partida e/ou pelo árbitro do VAR”, explica Felipe Crisafulli, advogado especializado em direito desportivo no escritório Ambiel Advogados.

A suposta anulação do jogo virou alvo de análise pelo profissional do direito após a grande repercussão do caso. Com o sentimento de injustiça sentido pelos tricolores gaúchos, é importante ressaltar como funcionam as regras do Campeonato. Para seguir essa linha, o advogado Felipe Crisafulli explica que a ausência de uma checagem pelo próprio Wilton Pereira Sampaio no lance também não configura um erro de direito, o que aí sim possibilitaria a anulação.

Jogo não será anulado

“No mais, uma possível alegação de que o árbitro de vídeo não chamou o árbitro de campo para analisar as imagens no monitor tampouco deverá mudar a situação, pois o STJD tem entendimento de que eventuais erros no procedimento relativo ao VAR não configuram erros de direito, nem têm o condão de anular uma partida, dado que o protocolo do VAR é norma procedimental, cuja natureza é de ‘cartilha de instruções’”, aponta o advogado especializado em direito.