É sempre difícil para a torcida ver um piá da base defendendo as cores de outros clubes no Brasil. A torcida do Grêmio já teve essa experiência em diferentes níveis. Foi complicado para a torcida do Imortal aceitar quando o meia Anderson, criado na base do Clube e que brilhou no Manchester United, foi para o rival Internacional. Pior ainda aconteceu em 2011, quando o Ronaldinho Gaúcho deixou de assinar o time que o revelou para atuar no Flamengo. As feridas não são iguais, mas um ano depois o gremista também lamentou outro anúncio.
Isso porque em 2012 o goleiro Cássio chegava ao Corinthians. Com a camisa do Timão, o atleta virou ídolo, conquistando a Libertadores e o Mundial (2012), a Recopa (2013), dois Brasileiros (2015 e 2017) e quatro Paulistas (2013, 2017, 2018 e 2019). O jogador ainda seria campeão da Copa América (2019) com a Seleção Brasileira, além de ir àCopa do Mundo de 2018. Nas categorias de base o profissional foi revelado pelo Grêmio, mas com poucas chances, foi vendido ao PSV da Holanda em 2007, por 1,5 milhões de euros.
“Pros dois lados foi boa a venda. E ainda tinha o Marcelo Grohe, goleiro da base, que teve espaço no profissional depois. Tem vezes que o clube precisa, que o jogador quer. Tem muita coisa de bastidores do futebol. Lembro que depois do vice da Libertadores de 2007 saíram jogadores e começou uma reformulação no clube”, revela Cássio.
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O jogador conversou com o jornalista Duda Garbi em um podcast no YouTube. No papo, o goleiro explicou como foi realizada sua saída. Segundo ele, o lado financeiro acabou pesando, não só para ele, mas para o Grêmio também. A proposta veio da Holanda enquanto ele defendia o Brasil nas categorias debase. No elenco que Cássio participou na seleção sub-20, vários jogadores viriam a se destacar no Brasil e na Europa.
“Eu lembro que teve uma proposta quando eu estava no Sul-Americano com a Seleção, mas o Grêmio queria esperar o Mundial sub-20. Tínhamos uma Seleção boa, com David Luiz, Marcelo, Renato Augusto, mas não fomos bem e caímos para a Espanha. Quando voltei pro Grêmio, apareceu a proposta do PSV. Era de 1,5 milhão de euros. O presidente Odone na época me chamou e disse que me via como o goleiro do futuro do Grêmio, mas avisou que não tinha como me pagar o que me ofereceram lá. Eu fiquei na dúvida na época da minha decisão”, disse Cássio em entrevista.