Faghani dita o ritmo

A final do Mundial de Clubes entre Chelsea e PSG, vencida por 3 a 0 pelos ingleses, não foi marcada apenas pela superioridade técnica dos comandados de Enzo Maresca. O árbitro Alireza Faghani, do Irã, teve uma atuação sólida, apesar da diferença no placar, exigiu autoridade e equilíbrio da arbitragem.

O árbitro Alireza Faghani observa antes do jogo final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025 entre o Chelsea FC e o Paris Saint-Germain no MetLife Stadium em 13 de julho de 2025 em East Rutherford, Nova Jersey.
© Getty ImagesO árbitro Alireza Faghani observa antes do jogo final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025 entre o Chelsea FC e o Paris Saint-Germain no MetLife Stadium em 13 de julho de 2025 em East Rutherford, Nova Jersey.

Desde os minutos iniciais, Faghani demonstrou segurança e leitura de jogo. Não interrompeu excessivamente a partida e usou os cartões de forma precisa. Foram três advertências ainda no primeiro tempo, o que mostrou que o juiz não se intimidou com o favoritismo dos Blues e soube aplicar a disciplina de maneira justa.

O tempo de acréscimo, seis minutos, foi coerente com o andamento do jogo: três gols, pausas para atendimento e uma parada técnica por conta do calor. Com isso, o primeiro tempo transcorreu sem polêmicas e sob pleno controle da equipe de arbitragem.

Segundo tempo e uso decisivo do VAR

Na segunda etapa, o jogo ganhou contornos mais tensos. Com o Paris Saint-Germain tentando reagir e Chelsea controlando o ritmo, os ânimos começaram a se acirrar. Foi aí que Alireza Faghani mostrou um de seus principais atributos: o uso consciente da tecnologia do VAR.

Aos 39 minutos, o árbitro foi chamado para revisar um lance envolvendo João Neves, que puxou o cabelo de Cucurella fora da disputa de bola. Após análise, ele aplicou corretamente o cartão vermelho direto ao jogador do PSG, em uma das decisões mais elogiadas da partida.

O árbitro Alireza Faghani mostra um cartão vermelho ao Joao Neves, do Paris Saint-Germain durante a final do Mundial 2025 entre o Chelsea, em Nova Jersey. Foto de David Ramos/Getty Images

Outro momento de destaque foi a não marcação de um pênalti pedido por João Pedro, atacante do Chelsea, após choque com o zagueiro Beraldo. Apesar de alguma contestação nas redes sociais, a decisão parece correta: não houve indício claro de infração, e o VAR não interferiu.

Técnico Luis Enrique poderia ser expulso?

Nos acréscimos finais, após confusão entre jogadores, o técnico do PSG, Luis Enrique, agrediu um jogador do Chelsea com um leve empurrão. Apesar da gravidade, o árbitro não o expulsou, o que gerou questionamentos sobre a aplicação das regras. Confira mais detalhes aqui!

Segundo a Lei 5 do IFAB/FIFA, a autoridade do árbitro vale antes, durante e após o jogo, permitindo expulsar membros da comissão técnica para manter a ordem. Porém, treinandores não recebem cartões amarelo ou vermelho; a expulsão ocorre por ordem direta do árbitro e deve ser registrada na súmula.

Como houve agressão física, Luis poderia e deveria ter sido expulso imediatamente para evitar mais confusão. A omissão de Faghani foi uma falha, mas a FIFA pode punir o comandante do PSG depois da partida com multas e suspensões.