Mano Menezes fez escolhas ousadas para o Gre-Nal
O Grêmio conquistou um grande resultado no Beira-Rio neste domingo (21). De virada, o Tricolor Gaúcho venceu o rival por 3 a 2, encerrando um jejum de mais de dois anos sem triunfos em clássicos.
Para a partida, o técnico Mano Menezes promoveu uma nova escalação, influenciada pela estreia de Willian, mas também por escolhas inesperadas que surgiram como novidade apenas no fim da semana. As entradas de Edenílson e Pavón como titulares, opções que, inclusive, não agradaram parte da torcida.
Mano Menezes valoriza escolhas que fez para o Gre-Nal
Após a partida, o técnico Mano Menezes concedeu entrevista coletiva e demonstrou estar bastante satisfeito com o desempenho de sua equipe, destacando também o valor de suas próprias escolhas e o resultado alcançado a partir delas.
Ao comentar as entradas de Edenílson e Pavón, Mano relembrou o ano de 2005, quando escalou Raone em uma partida fora de casa contra o Sport. Segundo ele, essa também foi uma decisão questionada na época. Com essa analogia, o treinador quis destacar mais o peso e a responsabilidade da escolha do que propriamente aspectos táticos ou técnicos da partida.
“Eu sei o que significa se eu tivesse perdido o Gre-Nal. O que vocês (imprensa) iam fazer comigo hoje, amanhã, depois de amanhã, se eu tivesse perdido o Gre-Nal com Edenílson e Pavón, mas, mesmo assim, eu achei que era melhor para o Grêmio e eu estou aqui para aguentar esse rojão e fazer o melhor para o Grêmio. Esse é o papel do treinador de um time grande”, disse.
Falando sobre o desempenho em campo, o treinador destacou que Edenílson teve uma atuação muito positiva, especialmente no trabalho entrelinhas, contribuindo para o avanço ofensivo do Grêmio. Já a entrada do atacante argentino trouxe uma característica que o time ainda não tinha: profundidade pelo lado direito. Mano deixou claro que a estratégia incluía explorar o espaço deixado às costas de Bernabei.
Montagem da equipe ainda em setembro
Para explicar a instabilidade da equipe, Mano Menezes disse que o Grêmio ainda é um time em formação. “Estamos quase em final de setembro e estamos em montagem de equipe. Isso é difícil”, justificou.
No 11 contra 11, o treinador gremista afirmou que sua equipe foi melhor, com controle do jogo, e que, nos minutos em que ficou com um a menos após a expulsão de Arthur, precisou recuar para segurar o resultado.