Botafogo enfrentou a hostilidade e as jogadas do Peñarol lá no alto

Na teoria, o resultado de 5 a 0 no primeiro jogo, no Rio de Janeiro, tranquilizou a torcida do Botafogo para enfrentar o Peñarol na noite desta quarta (30), em Montevidéu, pela segunda partida da semifinal da Libertadores. 

Botafogo perde para o Peñarol por 3 a 1, mas se classifica para decisão da Libertadores com o agregado de 6 a 3
© IMAGO/FotoarenaBotafogo perde para o Peñarol por 3 a 1, mas se classifica para decisão da Libertadores com o agregado de 6 a 3

Porém, foi criado todo um clima de hostilidade pelos uruguaios para que o jogo ficasse com a pressão lá no alto. E foi exatamente esse o grande problema, mas não fora de campo, e sim dentro do Estádio Centenário. 

Inflamado pela torcida, o Peñarol se lançou ao ataque e tentava criar nas jogadas aéreas. Livre pelo lado direito, Léo Fernandez ditava o ritmo do jogo e incomodava com seus lançamentos para dentro da área. 

Pressão do Peñarol e a maturidade do goleiro John 

E com todo o Botafogo se atentando aos cruzamentos e levando uma pressão pelo alto, ninguém se ligou no que podia vir fora da área. E com espaço e de muito longe, Baez acertou um chute no ângulo de John para abrir o placar aos 30 da etapa inicial. 

Animados, o Peñarol seguia buscando nos cruzamentos e quase fez o segundo logo na sequência. Depois de escanteio pela direita e cabeçada dentro da área, a bola bateu na trave direita, assustando o Glorioso. 

Botafogo conta com John para resistir pressão do Peñarol e administrar o resultado para chegar na final da Libertadores.

Em apuros, o time contou com o goleiro John. Mesmo pendurado, o arqueiro segurou a pressão e deixou os uruguaios nervosos. E isso se refletiu até fora do gramado. No intervalo, o goleiro Aguerre agrediu o Camisa 1 do Botafogo com um pisão. Resultado? Expulsão e o Glorioso com um jogador a mais. 

Nervosismo de Ponte, tranquilidade de Almada e explosão do Botafogo 

O segundo tempo ficou mais caracterizado pelo nervosismo e a quantidade de cartões amarelos. O Botafogo até ensaiou alguns contra-ataques e teve um pênalti cancelado pelo VAR. Contudo, o jogo seguia na mesma: pressão uruguaia. 

E surtiu efeito. Aos 20, pelo lado esquerdo da grande área, Baez finalizou bonito para ampliar e fazer o torcedor “Carbonero” sonhar. Algo que foi intensificado na sequência, com Mateo Ponte fazendo duas faltas duras em sequência e sendo expulso. O que fez o Peñarol continuar nas jogadas aéreas. 

Se na quantidade de jogadores estava tudo igual, em qualidade o Botafogo mostrou superioridade. Aos 43 minutos, Thiago Almada puxou contra-ataque pelo meio, tabelou com Marlon Freitas e apareceu para diminuir em Montevidéu. 

O Peñarol, muito valente, chegou a fazer o terceiro na sequência, com Batista. Porém, já não tinha mais tempo para os uruguaios, mas já era “Tempo de Botafogo”, lema do time nesta campanha. Jornada que foi premiada com a primeira final de Libertadores do Alvinegro.