A parte baixa do ranking de finalizações certas no Brasileirão tem duas camisas pesadas lado a lado: São Paulo e Corinthians. Embora atravessem crises ofensivas, cada um vive essa deficiência por motivos bem diferentes, e a comparação entre eles revela contrastes importantes.

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O São Paulo aparece como o segundo time que menos acerta o gol, com média de 3,6 finalizações certas por partida. O Corinthians, ainda pior, ocupa a lanterna do campeonato com 3,5.
A diferença entre eles é mínima, mas suficiente para mostrar que, mesmo em um momento difícil, o Tricolor ainda consegue encontrar pequenos caminhos para finalizar com mais qualidade que o rival.

Rafael Toloi jogador do Sao Paulo lamenta durante partida contra o Fluminense no estadio Maracana pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Diferenças do ataque ao longo do Brasileirão
O impacto desses números, porém, é bem distinto. O São Paulo, apesar da baixa precisão, tem um ataque mais produtivo ao longo da temporada, acumulando 40 gols em 36 rodadas e figurando no meio da tabela entre as equipes mais ofensivas.
O Corinthians, ao contrário, convive com um setor criativo praticamente estagnado. A equipe não só acerta poucas finalizações, como também produz menos jogadas claras, o que explica sua presença constante entre os piores ataques do campeonato.
Momentos distintos dos elencos
A comparação fica ainda mais clara quando observamos o contexto de cada elenco. O São Paulo sofreu uma sequência devastadora de lesões. Crespo perdeu simultaneamente Lucas, Oscar e Ferreirinha, enquanto os três centroavantes do elenco, Calleri, André Silva e Ryan Francisco, romperam o joelho.
Sem referências e com reposições improvisadas, o time perdeu força nos jogos grandes e deixou escapar pontos fundamentais. Ainda assim, em alguns momentos, conseguiu arrancar vitórias pontuais graças à movimentação coletiva e ao talento episódico de quem estava disponível.
O Corinthians vive uma realidade diferente: sua limitação não está apenas nas ausências, mas na construção das jogadas. O time quase sempre finaliza mal porque finaliza pouco e cria ainda menos. A falta de um articulador constante, as alterações frequentes no sistema ofensivo e a queda técnica de jogadores importantes fizeram da equipe uma das menos letais do campeonato inteiro.

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