O ciclista brasileiro de mountain bike (MTB) Henrique Avancini participou da L’Étape Brasil, maior competição amadora nacional de ciclismo de estrada, neste fim de semana. Disfarçado de idoso, o atleta descreveu a experiência como “incrível”, por poder competir e observar a reação de surpresa das pessoas, sem a expectativa de sempre por ser ele mesmo.
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“Foi uma experiência incrível ser um atleta anônimo numa prova de ciclismo e acompanhar as reações dos atletas e público”, escreveu Avancini, que é vice-campeão mundial de ciclismo MTB e neste ano registrou a melhor marca para a categoria da modalidade esportiva para o Brasil nos Jogos de Tóquio — o 13º lugar.
Conforme divulgou o Globo Esporte, Avancini pontuou que “meu maior desejo com esse projeto era voltar a uma prova de ciclismo como atleta amador. Hoje, qualquer evento de bike que eu vá no Brasil, todos vão saber quem eu sou e isso gera uma série de ações e reações por parte das pessoas. E eu ficava muito curioso em saber como as pessoas reagiriam a ver um ciclista com uma aparência talvez que não demonstrasse uma performance muito desenvolvida, e que essa mesma pessoa, com essa mesma aparência, pudesse surpreender, principalmente pelo todo. Então essa era a ideia central e o nosso grande objetivo foi envolver os parceiros e tentar trazer essa experiência para todos que estivessem participando do L’Étape aqui no Brasil”.
Um dos melhores atletas do mundo atualmente, Avancini liderou o ranking mundial da categoria entre o fim de 2020 e o início deste ano. Também foi vice-campeão do Short Track na Copa do Mundo MTB neste mês.
Sobre sua participação na L’Étape Brasil by Tour de France
Ele foi ultrapassado nos primeiros quilômetros de prova, mas reagiu e todos à sua volta foram surpreendidos. Somente no fim da prova que sua identidade foi revelada pelo locutor, e isso fez parte de uma ação chamada “Além das aparências”, cujo objetivo era o de mostrar que qualquer pessoa pode surpreender, que aparências não devem definir ninguém.
Para a prova, Avancini usou enchimentos que simulavam um físico fora de forma e uma bicicleta de linha mais clássica e modelo antigo. Além disso, manteve boa atuação, de modo que ninguém desconfiou que Agnaldo da Silva, um idoso que competia na maior prova de ciclismo de estrada amador a nível nacional era, na verdade, Henrique Avancini, renomado ciclista do MTB.
“Curti um pouco mais o pelotão, fui passando a galera, tinha uns que eu brincava um pouco mais. Muito legal a expressão de surpresa do pessoal, o público em alguns pontos da pista vibrava, então foi muito legal, uma experiência bem bacana. Não sei quanto tempo eu não fazia uma prova no Brasil sem ser o Avancini, o Avança, então foi muito legal ser só mais cara no pelotão no meio da galera sem ninguém saber quem eu sou e poder curtir o percurso, a prova, sem ter nenhuma expectativa, foi legal, me diverti”, contou o ciclista.