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A história da brasileira finalista do boxe olímpico, Bia Ferreira

Primeira brasileira a se classificar para a final do boxe olímpico na categoria peso leve entra no ringue no domingo (8), às 2h, para disputa do ouro com a irlandesa Kallie Anne Harrington

Publicado em

Por lreis

Beatriz Iasmin Soares Ferreira, ou somente Bia Ferreira, como já caiu no gosto popular, fará uma final olímpica histórica no próximo domingo (8), com a irlandesa Kallie Anne Harrington, já que será a primeira pugilista brasileira a disputar o ouro no boxe feminino.

Bia Ferreira, pugilista brasileira que avançou para a final do boxe olímpico. (Foto: Getty Images)
Bia Ferreira, pugilista brasileira que avançou para a final do boxe olímpico. (Foto: Getty Images)

Mas, muito antes disso, de arrebatar um bronze ao avançar para as semifinais desta edição dos Jogos Olímpicos e, agora, ser a primeira compatriota a competir pelo ouro na modalidade, ela já se mostrava uma gigante.

A pugilista baiana que foi criada em Juiz de Fora (MG) enfrentou uma série de dificuldades, como observa-se comumente entre boa parte dos atletas brasileiros. Afinal, o “Brasil de todos” não faz muito jus ao slogan em muitos aspectos, mas sobretudo na estruturação do esporte (e do esporte de alto rendimento, principalmente).

A história de Bia Ferreira mostra um pouco do atraso histórico do Brasil em algumas modalidades esportivas e da carência quanto ao aporte financeiro (que é necessário para desenvolver as modalidades, por meio de patrocínio e desenvolvimento de calendário, de mais campeonatos para fomento esportivo).

Ainda que a atleta não tenha abordado sua história de vida com essas palavras, por este ângulo nas entrevistas dadas, nota-se essas brechas ao repassar coisas que ela teve de enfrentar e, claro, a história do boxe e o boxe feminino, por si só.

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A gigante Bia Ferreira

Bia está com 28 anos, e se sagrou campeã mundial e campeã pan-americana (conquistou o primeiro ouro do boxe feminino na competição na edição realizada em Lima) em 2019. Mas, antes, a pugilista baiana já contava com um histórico de dar inveja: de 2017 para cá, participou de 29 competições e conseguiu se garantir no pódio em 28, conforme pontuou a apuração da CNN.

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Os percalços enfrentados até se tornar a gigante Bia Ferreira

Antes de se tornar chance de medalha para o Brasil e escrever seu nome na história das competições esportivas, Bia Ferreira teve de lutar com homens e chegou a ser suspensa dos campeonatos de boxe por dois anos. O motivo? Falta de competidoras e de competições femininas, consequentemente, em Minas Gerais, onde ela morava com o pai, o ex-pugilista e campeão brasileiro Raimundo Ferreira, o baiano que é conhecido como Sergipe na cena do boxe.

Acontece que Bia começou no boxe ainda criança, praticamente, acompanhando seu pai de um lado para o outro durante as competições do patriaca e, quando de fato ingressou no boxe, no período em que a família já estava morando em Minas Gerais, por volta de 2004, ela foi treinada por Sergipe, mas teve de lutar com homens por muito tempo.

Isso a ajudou a ser mais consistente e forte (características as quais o pai louva até hoje sempre que dá entrevistas falando da filha), mas em compensação, para não ficar sem competir, ela teve de migrar para outra modalidade, o muay thai, estilo de luta em que se destacou também, mas que acabou lhe dando problemas no boxe.

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E, em 2014, quando surgiu a primeira oportunidade para Bia competir no boxe, num campeonato nacional, apesar de ela ter estreado com vitória e ter feito uma boa campanha na competição, sua história virou contra si mesma: a pugilista foi desclassificada e punida por lutar também muay thai, devido às regras da International Boxing Association (Associação Internacional de Boxe, na tradução para o português), que deixa claro que o atleta do boxe tem de lutar apenas boxe.

Bia ficou dois anos proibida de lutar, mas graças aos Jogos Abertos em São Paulo, ela pôde mostrar seu talento para o público e olheiros da Seleção brasileira de boxe. A partir dali, anos depois, ela foi convocada para integrar o projeto Vivência Olímpica, pelo qual teve contato com outros grandes nomes do boxe, inclusive Adriana Araújo, quem foi a primeira pugilista brasileira a ganhar um bronze nos Jogos Olímpicos (em Londres, em 2012).

Bia conseguiu ser sparring de Adriana, atleta que viu, literalmente, o boxe feminino estrear dentre os esportes olímpicos — a modalidade faz parte dos Jogos desde a Antiguidade, mas a presença de mulheres é bastante recente, como se vê, e ainda passa por crescimento.

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A pioneira Bia

Após o título mundial, o ouro nos Jogos Pan-Americanos, as 28 vitórias dentre 29 competições disputadas e um bronze já garantido depois de passar para as semifinais do boxe nas Olimpíadas de Tóquio, Bia Ferreira disputa o primeiro ouro da modalidade feminina do Brasil nos Jogos. A luta é neste domingo (8), às 2h00 do fuso horário nacional, e ela duela com a irlandesa Kallie Anne Harrington, na Arena Kokugikan.

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