Os Jogos Olímpicos de Tóquio estão sendo marcados por feitos históricos dos brasileiros e Beatriz Ferreira não fugiu a regra. A campeã mundial do peso leve (até 60kg), se classificou à final da categoria na madrugada desta quinta-feira, ao derrotar a finlandesa Mira Potkonen e se tornou a primeira mulher brasileira a chegar a uma final no boxe olímpico. O melhor resultado obtido até então por uma brasileira foi de outra baiana, Adriana Araújo que conquistou o bronze em Londres 2012.
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Bia derrotou a finlandesa Mira Potkonen por decisão unânime dos juízes na semifinal das Olimpíadas de Tóquio 2020. Potkonen sabia que estava diante da favorita e tentou garantir o resultado, então partiu para cima desde o início, combinando sequencias de jabs e diretos, levando pressão a brasileira. Mas Bia se protegeu bem e no contragolpe aplicou poderosos uppercuts e cruzados.
A medida em que a luta se desenrolava, Beatris minava o gás da sua oponente que não suportou e passou a diminuir o ritmo. Um duro cruzado de esquerda machucou a finlandesa, que muito resistente permaneceu de pé. Potkonen tentou se recuperar e conectou um bom cruzado de direita na reta final, mas os juízes pontuaram o primeiro round de forma unânime para a brasileira.
Mais uma vez a europeia tomou a iniciativa no segundo round, porém ao avançar ela negligenciava a defesa e abria espaço para Bia contra atacar. Com Potkonen indo muito para cima, Bia conseguiu conectar um duríssimo cruzado de esquerda a finlandesa caiu para frente, mas o árbitro marcou apenas desequilíbrio, e não abrir a contagem. Muito leve no ringue, Beatriz se movimentava muito bem e conseguiu levar a oponente ao chão ao conectar um bom golpe de direita que fez Potkonen balançar e cair de joelhos no fim do assalto. No segundo round um juiz pontuou para a finlandesa.
Bia é a atual campeã mundial da categoria dos leves | Crédito: Getty Images
Com a vitória parcial de Bia, a finlandesa partiu para o tudo ou nada. As lutadoras partiram para a trocação franca, e apesar do maior volume de golpes aplicados pela brasileira, Potkonen levava perigo ao aplicar duros golpes. Ao perceber o risco, a brasileira buscou o clinch e pontuou na curta com jabs que marcaram o rosto da adversária. E a vitória estava garantida por unanimidade.
Agora o desafio da final será contra a irlandesa Kellie Anne Harrington, na madrugada de domingo às 2h (horário de Brasília), pela final nas Olímpiadas de Tóquio.