O futebol vem se transformando década após década. Se, em aspectos táticos, o esporte mais popular do mundo já não é mais o mesmo de 30 ou 40 anos atrás, a questão visual também mudou radicalmente. Além das placas de publicidade, muitas empresas passaram a anunciar nas camisas. Afinal, é no uniforme que as marcas ganham ainda mais visibilidade.
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Quem explica melhor esse fenômeno é o Prof. Me. Vagner Novaes Tranche, coordenador dos cursos de Publicidade e Propaganda e Relações Públicas da Universidade Cruzeiro do Sul. Ele conta que a prática começou a ser adotada nos anos 70, momento em que o esporte começou a ser transmitido na televisão brasileira em cores. “Desde a década de 1970, os patrocínios em camisas de futebol se tornaram uma prática comum em todo o mundo. O que antes eram uniformes simples e desprovidos de qualquer marca, transformaram-se em verdadeiros espaços publicitários”, afirma.
No início do processo, pudemos ver poucas áreas da camisa serem ocupadas pelas logomarcas: geralmente eram fechados contratos com um patrocinador master, que estamparia a marca na frente do uniforme, e com a fornecedora de material esportivo, que mostraria sua logomarca no lado contrário do escudo do clube. “Aqui no Brasil, vários clubes aderiram à prática em meados da década de 70, no primeiro momento estampando o logo do fabricante e, mais tarde, os mais diversos patrocinadores”, lembrou o Prof. Vagner.
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Após mais de 100 anos de história, o Barcelona fechou, em 2006, um contrato com a Unicef, fundo da Organização das Nações Unidas (ONU) para a infância. Até então, o clube catalão não havia disponibilizado lugares em seu uniforme para nenhuma marca.
Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
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“No futebol internacional, uma das primeiras equipes a apresentar um patrocínio em suas camisas foi o Eintracht Braunschweig, clube alemão, em 1973. A cervejaria Jägermeister estampou sua marca no uniforme do clube, abrindo caminho para uma nova era de patrocínios. Em 1978, foi a vez do clube inglês Manchester United ceder o espaço publicitário para a SHARP, marca japonesa de produtos eletrônicos”, completou Vagner.
O FLAMENGO é mais do que o trem pagador do futebol brasileiro, é um vetor de desenvolvimento da economia brasileira. Foi só instalar a loja Nação Rubro-Negra no shopping Só Marcas Outlet em Contagem-MG para a loja do Patético mudar-se para um espaço ao lado da loja do Mengão.
Atualmente, diante da situação financeira muitas vezes complicada, os clubes brasileiros abriram mais espaço em seus uniformes para as empresas exibirem suas marcas. Além do patrocinador master, logomarcas vêm sendo exibidas nos ombros, na omoplata, nas costas e na altura do peito.