O Goiás acabou virou alvo dos noticiários no fim do ano passado após uma polêmica dívida envolvendo o Goianésia e a venda de Michael ao Flamengo. Em 17 de dezembro de Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF que o Goiás estaria proibido de registrar jogadores por um período de seis meses, caso o Esmeraldino não pagasse R$719.698,32 ao Goianésia até o dia 19 de janeiro.

Foto: Thiago Ribeiro/AGIF | Goiás precisa pagar dívida por Michael até dia 19 de janeiro
Foto: Thiago Ribeiro/AGIF | Goiás precisa pagar dívida por Michael até dia 19 de janeiro


A venda de Michael do Goiás para o Flamengo no início de 2020 deveria render 550 mil euros ao Goianésia, que vendeu os 5% dos direitos econômicos que ainda detinha pelo jogador. O valor deveria ser pago em três parcelas, todavia de acordo com Marco Antônio Maia, presidente do Goianésia, o clube da Serrinha pagou as duas primeiras parcelas, porém não efetuou o repasse da terceira e última que venceu em fevereiro de 2021. De acordo com informações divulgadas pelo GE, o conflito foi parar no CNRD e segundo o Goianésia, o Esmeraldino teria se comprometido a pagar a soma de R$719.698,32 até o dia 20 de setembro, o que não teria acontecido.


Em entrevista concedida ao Globo Esporte, Marco Antônio Maia, presidente do Goianésia, afirmou que mesmo após a decisão do CNRD, o Goiás ainda não realizou o pagamento para o clube do interior. “Nossa ideia, assim que estivermos com o dinheiro em conta, é fazer o Centro de Treinamento do Azulão do Vale. Investir em estrutura mesmo, algo que o clube sonha há anos”, disse o dirigente.

Beline Barros, advogado do Goianésia, falou da importância para o clube em receber o valor. “Para o Goianésia, esse dinheiro é muito importante. Não é essencial para montagem de elenco, para pagamento de dívidas, pois hoje o clube está saneado e não tem problemas trabalhistas, mas é fundamental para investir em estrutura”, disse.

De acordo com o site Esmeraldino, o projeto do CT do Goianésia foi apresentado no início de 2020 e a previsão é a construção de um complexo com dois campos oficiais, um departamento de futebol, academia, sala de fisioterapia, refeitório, 20 quartos com capacidade para dois atletas e estacionamento. As obras estavam previstas para começar em 2021, mas o atraso no repasse do Goiás tem frustrado os planos do Goianésia.