Mudanças no calendário
Uma das críticas constantes de técnicos e jogadores do futebol brasileiro é o calendário apertado. Desgaste físico dos jogadores, lesões e pouco tempo de recuperação e ajuste da equipe são algumas das consequências citadas pelos clubes.
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Mais recentemente quem desabafou sobre o assunto e até deu indícios de que poderia deixar o futebol brasileiro foi o técnico Abel Ferreira. “Estou cansado e de saco cheio de jogos seguidos. Marcam, desmarcam (…) Estou cansado de chegar às 4h no CT, das viagens, de não saber se vou dormir em casa, das coletivas. Não quero isso para mim”, disse o treinador.
De acordo com informações do jornalista Danilo Lavieri a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está planejando reduzir o número de datas disponíveis de 16 para 12 na programação anual elaborada pela confederação e enviada para as federações.
A razão para adiar a mudança até 2026 seria o fato de que alguns contratos já foram firmados. Sendo um deles o caso do Campeonato Paulista, que possui um acordo com a Record para TV Aberta, estipulando o formato com 16 datas até 2025.
Resistência
Segundo o jornalista, apesar das diversas críticas, a Federação Paulista de Futebol, seria a principal resistência à alteração. O motivo por trás desse posicionamento da federação seria a receita gerada pela competição estadual.
A taça vista antes da partida entre Agua Santa e Palmeiras no estádio Arena Barueri pelo campeonato Paulista 2023. Diogo Reis/AGIF
O Campeonato Paulista gera cerca de R$ 30 milhões apenas em receitas de transmissão para os principais times. Este ano, o Palmeiras, que foi campeão do torneio, arrecadou mais de R$ 50 milhões, com verbas de televisão, prêmios pelo título e receitas de bilheteria.
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Além dos paulistas, cariocas e gaúchos também parecem resistir a mudança. Vale destacar, no entanto, que alguns estaduais já acontecem no formato de 12 datas disponíveis, um deles é o Campeonato Mineiro.