Em evidência nas últimas semanas em decorrência de realizar uma série de contratações, opresidente doAtlético,Sérgio Sette Câmara, confirmou nesta sexta-feira (19),que o clube continua com salários e direitos de imagens atrasados. Mais uma vez, o mandatário culpou a crise pela falta de pagamento. Além disso, ele criticou a cobertura da mídia sobre o momento doCruzeiro, conforme informou o portal Superesportes.
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“Os salários têm atrasos dentro daquela regra que você pode atrasar sem correr o risco de perder o jogador. Acho que temosuma imagem e dois salários em atraso. Isso aí 95% dos clubes do Brasil também estão passando”, afirmou Sette Câmara, antes de criticar a mídia.
“Vi uma matéria outro dia em um site: ‘Cruzeiro coloca salários em dia dos jogadores e da parte administrativa’.Isso é mentira. Mentira deslavada.O que eles fizeram é pegar jogador que ganha R$ 600 mil, R$ 700 mil e pagarR$ 150 mil. Aí você até pode colocar em dia. É a mesma coisa se eu fizesse isso aqui, colocando teto na folha. Eu coloquei em dia a folha?Fica parecendo de uma hora para outra que nós estamos no inferno e eles, no céu.Que isso. Vamos deixar as coisas claras. Pagou, mas tem passivo monstruoso”, frisou o dirigente.
Léo Sena foi apresentado recentemente – Foto: Bruno Cantini/Atlético.
Além disso, não é novidade que a MRV é o hoje o principal parceiro do Atlético no assunto envolvendo contratações. Na atual temporada, a empresa que pertence a Família Menin teve participação na contratação de atletas como Allan, Savarino, Guilherme Arana, Bueno, Léo Sena, Keno e Alan Franco. Ao todo, foram quase R$ 60 milhões investidos em contratações, isso, sem contar a ajuda no pagamento de 2/3 do salário de Sampaoli e sua comissão.
Com isso, pela movimentação agressiva no mercado durante a pandemia, várias dúvidas surgiram em vários programas de esportes e também pelas redes sociais.Dessa forma, ao ser questionado em relação aoinvestimento em um jogador como Marrony, que envolveuR$ 20 milhões, o presidente fez as explicações plausiveis.
“Eu vou devolver para eles exatamente os R$ 20 milhões, sem juros e sem correção monetária. Porém, o clube poderá ter um lucro enorme porque o valor do Marrony pode passar para até 7 milhões de euros. Então, nós estamos falando aí de R$ 42 milhões. Eu devolvo os R$ 20 milhões e o clube coloca R$ 22 milhões em caixa, sem falar no retorno técnico que o jogador pode dar. Eu estou falando do Marrony, do Alan Franco, do Léo Sena, do Guga, do Rabello”, explicou.