Na última temporada, o Cruzeiro viveu um dos piores anos de sua história. Com diversos problemas políticos e financeiros, o clube rebaixado para a segunda divisão pela primeira vez em sua história. Diversos jogadores entraram contra a Raposa na justiça e pediram a rescisão de seus respectivos contratos, como Thiago Neves, Pedro Rocha, Orejuela e Rodriguinho. 

Rodriguinho detona ambiente do Cruzeiro no rebaixamento: "Terra de ninguém"
Rodriguinho detona ambiente do Cruzeiro no rebaixamento: "Terra de ninguém"

 

Contratado como um dos principais reforços para a temporada, Rodriguinho foi acumulando lesões e quase não jogou pelo clube mineiro em 2019.  Em entrevista à ESPN, o meia-atacante revelou bastidores exclusivos da queda do clube mineiro. 

Rodriguinho em ação pelo Cruzeiro. Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

Rodriguinho em ação pelo Cruzeiro. Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

Eu vi a bomba toda pelo Fantástico (programa da Rede Globo). A partir dali é que as coisas ficaram bem claras para gente, que o clube estava devastado. Só que era uma maquiagem muito boa para todo mundo, ninguém percebia. Até então estava tudo organizado, tudo certo. A gente não estava tendo nenhum problema. A partir que saiu no Fantástico é que começou a desandar”, declarou. 

 

 

Na época da contratação, o anúncio da antiga da diretoria foi de 4 milhões de dólares, porém, em 2020, veio à tona que a compra custou cerca de 7 milhões de dólares, gerando aproximadamente R$ 30 milhões de dívida.

Esse ambiente ruim veio a partir da diretoria. O Mano saiu antes de explodir toda a bomba. Ele já tinha três anos de clube, já estava há muito tempo com os caras... Ficou desgastado e saiu. Mas sem problema nenhum, saiu numa boa, cabeça erguida, falou com todo mundo. Quando chegou o Rogério (Ceni), ele teve um grande problema com vários atletas que estavam lá. Começou a piorar a situação”, afirmou o jogador. 

Atualmente no Bahia, o jogador acumula 22 jogos e oito gols marcados com a camisa celeste. Em junho, passou por uma cirurgia na região lombar. Quando esteve próximo de retornar aos gramados, em outubro, precisou passar por novo procedimento no local.

“Foi se desenhando um cenário caótico. E aquilo ali se refletiu dentro de campo. E muito forte, porque estava todo mundo abalado com as coisas que estavam acontecendo. Daqui a pouco começou a ter problema de treinador, problema de jogador com jogador, problema de jogador com treinador... virou uma bagunça! Jogador não aceitava ficar no banco, jogava colete e saia do treino, não ia para a viagem... Virou terra de ninguém! E isso foi cada vez piorando mais”, completou.