O Internacional venceu o Vitória pelo placar de 1×0, na noite da última quinta-feira (3), no Barradão, em Salvador, e abriu vantagem na busca por uma vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil. Na próxima semana, as duas equipes disputam a segunda partida no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Antes, os gaúchos visitam o Fortaleza, domingo (6), pelo Brasileirão.
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Logo após o triunfo pela competição mata-mata, o técnico Miguel Ángel Ramírez concedeu entrevista coletiva e voltou a defender o projeto que vem sendo colocado em prática pela gestão do presidente Alessandro Barcellos no Colorado. Na visão do espanhol, uma barreirapara o que é proposto pelo Internacional é a ‘cultura resultadista’ enraizada no país.
“Quem tenta fazer algo diferente no futebol brasileiro se queima“, disse. “O Inter tem um projeto que não é meu, é um projeto que visa uma maneira de jogar futebol, fazer as coisas com a base e o time principal juntos. E aí, se não alcançar bons resultados, é porque o projeto não serve. Então, pronto, que se siga fazendo a mesma coisa que faziam antes. Com sorte, ganham, sem sorte, não ganham. Assim não tem como evoluir. Porque não há tempo para implementar e tentar coisas novas. Coisas que já estão sendo feitas em outros países que tiveram a paciência suficiente e evoluíram“, adicionou.
Com gol de Galhardo, Colorado abriu vantagem sobre o Vitória (Foto: Walmir Cirne/AGIF)
Além da necessidade de estar sempre alcançando bons resultados de forma imediata, o calendário do futebol no Brasil também foi criticado por Ramírez. Após chegar a decisão do Campeonato Gaúcho, o Internacional segue vivo na busca por três títulos e tem pouco tempo para se dedicar aos treinamentos no modelo de jogo preferido do espanhol e recuperação física.
Como você avalia o trabalho de Ramírez até o momento no Internacional?
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“É impossível, em um período de competição, alcançar uma condição física ótima. Isso acontece com todos times que tem o calendário cheio. Vemos no ritmo das partidas, ele é baixo. Na reta final do Brasileirão os times caminhavam, porque não conseguiam mais. Perde o espetáculo. Não só o Inter, mas todos que jogam Estadual, Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil. É uma loucura“, completou.