Presidente do Bahia fala o que faltou para o time em 2021 (Foto: Jhony Pinho/AGIF)
O ano de 2021 não terminou da melhor forma para o Bahia, o timefoi rebaixado e jogará a Série B de 2022, mas além da competição, o Tricolor de Aço também irá disputar a Copa do Nordeste, Campeonato Baiano e Copa do Brasil. Com isso, o presidente Guilherme Bellintani prometeu uma reformulação no perfil da equipe, e avaliou os equívocos cometidos pelo Tricolor de Aço em uma reunião com os conselheiros no início da semana.
Guilherme afirmou que há um erro no futebol, que é quando tenta montar uma equipe fora do ‘padrão’ a qual ela está acostumado: “Nós não somos um time técnico. Nós não somos um time leve, nós não somos um Clube que se acostumou a vencer com craques de bola o tempo todo. Nossa história de futebol é muito mais forjada, muito mais construída em time de fibra do que em time de talento. Nossos times nunca levaram os troféus de grandes craques do Brasil. Nós nunca tivemos jogadores na seleção brasileira com algum nível de frequência.”
Ele ainda enfatizou que o Bahia tem sua história construída com jogadores que vinham de lutas, que venciam as partidas na fibra: “Tivemos vários craques, mas a essência da história do Bahia sempre foi muito mais um time de fibra do que um time com qualidade técnica muito acima da média do Brasil. Nós, na minha gestão, fugimos bastante dessa história. Talvez a principal coisa que deveríamos fazer daqui para frente é entender que se a gente não tem um elenco capaz de dar fibra, intensidade, força e luta dentro de campo, não são os craques que vão nos salvar. Até porque os craques de verdade não estão dispostos a vir para o Bahia neste momento.”
Presidente do Bahia fala o que faltou para o time em 2021 (Foto: Jhony Pinho/AGIF)
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O presidente ainda apontou os erros e o que faltou para que o Tricolor de Aço ‘vingasse’ nesta temporada: “A gente olhava às vezes e falava assim: “a faixa de capitão vai para quem? ” Não tínhamos resposta imediata. Não tínhamos três ou duas opções. Isso é muito simbólico. Lógico que são duas coisas diferentes. A gente tem um perfil do time, do tipo competitividade em campo. Você está trazendo outra coisa, que é a indignação com a derrota, a vontade de ganhar.”
Guilherme ainda deu continuidade falando que há muitos jogadores competitivos, mas que não tem o espírito de liderança, que não chama a responsabilidade para si, não coloca os demais colegas de elenco para cima. Bellintani ainda revelou que havia um jogador no radardo Clube, mas que ele não se encaixava nesse perfil e por isso acabou desistindo: ” Então, toda essa combinação que a gente viu, em um ano tão difícil, se a gente tivesse lideranças forjadas dentro do grupo, com mais tempo de Clube, com capacidade, de fato, de levar o grupo para cima, talvez tivesse sido um detalhe que nos salvasse. Lógico que a gente não quer estar sendo salvo o tempo todo, mas às vezes, um detalhe desse salva. Eu posso dizer que isso está bem na essência que a gente busca um time competitivo e que estamos discutindo agora.”