A morte do Rei Pelé nesta quinta-feira (29), trouxe à tona uma série de recordações e debates sobre o mundo do futebol. O maior jogador de todos os tempos faleceu aos 82 anos, após um mês internado no Hospital Albert Einstein para o tratamento de um câncer de cólon e mais algumas complicações causadas pela Covid-19.
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Único atleta tricampeão da Copa do Mundo, autor de 1282 gols e vencedor de 32 títulos na carreira, Pelé foi soberano na história do esporte no planeta. Antes dele, o esporte mais emocionante do mundo perdeu outros grandes nomes. O Bolavip Brasil relembra seis deles, a começar por aquele que é apontado o maior astro após o astro brasileiro:
Diego Armando Maradona – Maior ídolo do futebol argentino e apontado como maior craque após Pelé, Maradona morreu em novembro de 2020, aos 60 anos. Ele se recuperava de uma cirurgia no cérebro, após ser acometido por uma pequena hemorragia. Don Diego foi a grande estrela da Seleção Argentina na conquista da Copa do Mundo de 1986.
Maradona e Pelé se abraçam em festa de Gala da Fifa, em 2000 – Foto: Credit: Clive Mason/ALLSPORT/Getty Images
Neste Mundial, fez um gol antológico nas quartas de final contra a Inglaterra, driblando meio time adversário desde o meio-campo. Na mesma partida, eternizou “La Mano de Dios”, ao marcar após desviar um cruzamento com a mão. Em seu país, brilhou com as camisas de Argentinos Juniors e Boca, e na Europa se tornou o grande ídolo da história do Napoli.
Gerd Muller – O goleador alemão fez história no futebol europeu e mundial entre os anos 1960 e 1970. É até hoje o terceiro maior artilheiro de todas as Copas do Mundo, com 14 gols marcados – um a menos que Ronaldo Fenômeno e dois a menos que o compatriota Miroslav Klose.
Um fator que chama atenção é destes 14 tentos anotados, dez foram em uma só edição: a Copa de 1970, no México, que terminou com o Brasil erguendo a Taça. Apenas dois jogadores superam tal feito: o francês Just Fontaine, com 13 gols no Mundial da Suécia, em 1958, e o suíço Sandor Kocsis, autor de 11 gols no torneio realizado em seu país, em 1954.
O atacante alemão foi um dos sete atletas a marcar mais de 700 gols na carreira. Puskás, Pelé, Romário, Messi, Josef Bican e Cristiano Ronaldo completam a lista. Gerd Muller foi campeão da Copa do Mundo de 1974 com a Alemanha, anotando quatro gols marcados. Sagrou-se ídolo do Bayern com incríveis 566 gols em 607 jogos e o maior artilheiro da história da Bundesliga, com 365 gols. Faleceu em 2021. Ele sofria de Alzheimer.
Johan Cruyff – Um nome que marcou a história do futebol no planeta como jogador e como treinador. Em 1974, encantou o mundo da bola ao liderar o carrossel holandês na Copa do Mundo. Já era o grande ídolo do Ajax e se transferiu para o Barcelona. Com seu estilo de jogo revolucionário, tornou-se também um dos principais jogadores de todos os tempos do clube catalão.Estilo de jogo esse, que viria a ser implantado por ele posteriormente como técnico e novamente encantar o futebol mundial.
A filosofia implantada por ele em 1988, perdura no Barça até hoje. Um de seus grandes times, teve Pep Guardiola como atleta, na conquista da Liga dos Campeões de 1992. Anos depois, Guardiola ganhou tudo no comando da equipe blaugrana como treinador, seguindo a mesma forma de jogo. Cruyff morreu em 2016, em Barcelona, acometido por um câncer no pulmão.
Eusébio – Maior ídolo da história do futebol português o centroavante foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 1966, ao sair do torneio como artilheiro, com nove gols marcados. Com a camisa do Benfica, conquistou uma Taça dos Campeões Europeus (atual Liga dos Campeões) na temporada 1961/62 e colecionou gols e títulos nacionais (11 vezes campeão da Liga e cinco da Taça de Portugal).
Alfredo Di Stéfano – Vencedor de cinco Champions League consecutivas (1956 a 1960), autor de 307 gols em 371 jogos, e apontado como maior nome da história do Real Madrid. Comandou um time galático histórico durante uma década (1953 a 1964). Faleceu em 2014, aos 88 anos, após sofrer uma parada cardíaca.
Gordon Banks – Um dos grandes do futebol mundial, o goleiro foi campeão mundial com a Inglaterra na Copa de 1966 e autor da lendária defesa na cabeçada de Pelé, em 1970, no Mundial do México. Morreu aos 81 anos, vítima de um tumor nos rins.