O Palmeiras ainda não recompôs seu elenco completamente após o surto de COVID-19 que afetou o clube, mas isso não foi impeditivo para que o clube fizesse uma sólida partida neste sábado (28), que resultou em vitória por 3 a 0 diante do Atlhetico-PR, no Allianz parque, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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A lendária lei do ex imperou na casa palestrina, e Rony marcou duas vezes em seu antigo clube. Em domínio total da partida, o Palmeiras evolui taticamente a cada jogo, com variações de jogadas e notória recuperação de jogadores com problemas de rendimento como Gustavo Scarpa, Lucas Lima e Patrick de Paula, autor do primeiro gol.
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O Verdão começa a apresentar uma identidade, capaz de propor marcação organizada e triangulações. É a cara de Abel Ferreira, que em um mês à frente do Alviverde, conta com 8 jogos, com 6 vitórias, 1 derrota e 1 empate. Com o portugês no banco, foram 15 gols feitos e 4 gols sofridos.
A base e os medalhões, todos em harmonia pelo Palmeiras – Foto: César Greco
Abel deixa constantemente transparecer que a força do Palmeiras no comprometimento de todos com as propostas em que se investem: “Não há sistema perfeito ou forma de jogar perfeito. É preciso escolher uma em que o treinador e os jogadores acreditam”, afirmou o treinador no início de sua entrevista coletiva de pós jogo.
A ideia em destacar o coletivo, em fazer do Palmeiras algo coeso, apareceu na seguinte frase do treinador, “ ninguém está acima da equipe. Todos somos um. Nossa força está no jogo coletivo. Não dependemos de um jogador individualmente. É evidente pela forma que se entregam. O titular é o time, é a ideia de jogo, é o clube”, bradou Abel.
Perguntado sobre a saída de Ramires, jogador ao qual elogiou enfaticamente após o jogo contra o Delfín, pela Libertadores, o técnico fez uma curiosa revelação: “Desde a minha ele ajudou muito a equipe. Só fez os dois jogos porque pedi. Ele tinha presente na cabeça o que queria. Já estava tomada a decisão. A vitória é inteira para o homem Ramires. Alguém que admirei como jogador e hoje admiro como treinador”, declarou.
A reação do treinador com o assunto “Ramires”, expressou bem o quanto o caso consumiu de energia na equipe do Palmeiras. “Estamos falando dele e me arrepiei. Não sei o que ele fez aqui, mas prometemos ganhar e dedicar o jogo a ele. É inteiro para o homem Ramires. Infelizmente existe uma droga chamada rede social. Julgamos sem conhecer. Ele é um ser humano fantástico”, finalizou.
O Palmeiras vira a chave para seu próximo compromisso. Na quarta-feira (28), o Verdão recebe o Delfín, no Allianz Parque, pela segunda partida das oitavas de final da Libertadores. Pelo Brasileirão, o Palestra se prepara para o clássico contra o Santos, no próximo domingo (06), na Vila Belmiro.