O ambiente político do Inter está conturbado em meio à temporada 2020. Ao longo da semana, uma série de nomes deixou a diretoria, em lista puxada pelo ex-vice-presidente Alessandro Barcellos. O dirigente irá concorrer a presidência do clube em uma chapa diferente do atual mandatário, Marcelo Medeiros, que não se mostrou confortável com a situação. 

Foto: Ricardo Duarte / Inter / Divulgação
Foto: Ricardo Duarte / Inter / Divulgação

Na noite do último sábado (26), o Colorado recebeu o São Paulo e ficou apenas no empate, acumulando seu terceiro jogo sem vencer no Campeonato Brasileiro, se distanciando do líder Atlético-MG. Após o 1x1 com os paulistas, o técnico Eduardo Coudet, em entrevista coletiva, lamentou as mudanças ocorridas na diretoria.

A dura missão de Chacho no Beira-Rio será evitar que o ambiente político interfira no rendimento do time dentro das quatro linhas. "Não vou negar que a saída do Alessandro, com quem tenho uma grande relação, não me afetou o emocional. Ele é uma pessoa que eu gosto muito e saiu", disse. 

Foto: Ricardo Duarte / Inter / Divulgação

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"Tomara que não afete (o vestiário). Vamos tentar que não atrapalhe ou atrapalhe o mínimo possível. Ano político em clube grande é difícil, é algo que já passei (...) Recebi muito mal a notícia da saída do Alessandro. Não é uma situação agradável", completou o treinador. Na sequência, foi a vez do gerente de futebol Rodrigo Caetano conceder entrevista no mesmo clima.

Alessandro é um grande cara. Tenho muita afinidade. Colaborou demais. É uma saída que sentimos muito. Óbvio que essas interrupções, nesse momento, nunca é o ideal”, falou. “Quem sou eu pra julgar? Temos um decorrer da temporada para entrar em 2021. Ter uma mudança e uma eleição não é benéfico. Sou profissional e, nesses momentos, temos que tentar seguir na mesma forma que antes. Junto com os atletas, comissão e o presidente”, completou Caetano.