Lionel Scaloni entrou para a história do futebol argentino como um dos treinadores a levar a Argentina para um título Mundial. Antes dele, os únicos que conseguiram tal feito foram César Menotti, em 1978, no próprio país sul-americano, e Carlos Bilardo, em 1986, no México. Um fato curioso é que o treinador assumiu a Albiceleste de forma interina após a eliminação da Copa de 2018 e a demissão do então treinador Jorge Sampaoli.
Acontece que os resultados de Scaloni pela Argentina foram ótimos. Isso fez com que ele fosse efetivado no cargo e fosse o responsável pelo novo ciclo. Não poderia ser melhor para o torcedor argentino que por tanto tempo ficou carente de títulos. Com o jovem técnico de apenas 44 anos, os Hermanos conquistaram a Copa América de 2021, a Finalíssima esse ano e a cereja do bolo, a Copa do Mundo do Qatar.
Chama a atenção o fato de Sampaoli ter perdido o vestiário na Copa de 2018 com um elenco inferior ao de 2022. É bem verdade que na Rússia, a Argentina já tinha jogadores como Messi, Di Maria e Dybala, e um atacante que provavelmente estaria no Qatar se não tivesse encerrado sua carreira de forma prematura: Sergio Aguero. Porém, Higuaín, Salvio, Meza e Banega eram alguns jogadores presentes na convocação. Bons jogadores, mas que estão abaixo de atletas que foram a esse Mundial.
Na Copa do Mundo que trouxe o Tricampeonato para a Argentina, Scaloni teve à disposição atletas como Julián Álvarez, Rodrigo De Paul, Alexis Mac Allister, Enzo Fernández e Lautaro Martínez. Jogadores de mais qualidade. Além de saber montar muito bem o seu time nesses quatro anos, ele conseguiu fazer os atletas jogarem junto com ele e acreditarem em seu trabalho, mesmo sem ter experiência prévia.
Coincidência ou não, em 2018 a Argentina acabou eliminada para a mesma França que já tinha jogadores como Kylian Mbappé, Antoine Griezmann, Olivier Giroud e Hugo Lloris. Na ocasião, os franceses venceram por 4 a 3 nas oitavas de final no Mundial em que terminaram como campeões. Neste domingo (18), no Qatar, foi diferente, graças a Scaloni, Messi e toda a Seleção Argentina.
