O clima nos bastidores do Botafogo pesou na última semana. Após a derrota para o Cuiabá pelo jogo de ida das oitavas da Copa do Brasil, no Nilton Santos, na noite da última quarta-feira (28), e a demissão do técnico Bruno Lazaroni, nesta quinta, foi a vez de Carlos Augusto Montenegro, membro do Comitê Executivo de Futebol, falar sobre a situação do clube. O dirigente afirmou que a crise financeira é drástica e ainda reiterou que o Glorioso “já está falido”.
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“O Botafogo está falido. Toda a receita está penhorada. Ele está omitindo a verdade. Se não fosse a torcida, o Comitê e a ajuda de algumas pessoas, o Botafogo já estaria falido oficialmente. O que nós estamos fazendo é tentando tirar o Botafogo da falência com o dinheiro novo. Nenhuma empresa sobrevive com R$ 10 milhões de despesa e R$ 800 mil de receita por mês”. Galvão Bueno, narrador de Rede Globo, se solidarizou com a situação e se declarou ao Botafogo.
“A história do Botafogo não merecia uma situação dessas. O Montenegro está vivendo essa situação, era o presidente em 95, quando usa a expressão ‘o Botafogo está falido’, deve estar se referindo às declarações do Felipe Neto. Quando diz está falido, as receitas estão todas penhoradas, vive pela torcida, vai enrolando aqui e ali, o duro é imaginar o futuro próximo. Vai se apequenando, se apequenando, se apequenando”.
Foto: Reprodução/TV Globo
Galvão deixou claro que, apesar de não ser botafoguense, possui em carinho pela história do clube. A repercussão da declaração de Montenegro foi gigantesca. Enquanto isso, dentro de campo, o time se prepara pra curta sequência de jogos. O Glorioso volta a campo no próximo sábado (31), contra o Ceará, às 17h, pela 19ª rodada do Brasileirão. Na próxima terça (3), o Botafogo visita o Cuiabá, às 19h (de Brasília), pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil.
“Eu sofro por isso. É um grande sofrimento e não vejo saída que não seja o caminho para ser cada dia menor. Torço muito que seja o contrário. Não sou torcedor do Botafogo, mas a história é muito rica, importante, grande no futebol brasileiro. É triste. Assim como o Cruzeiro. O que os dirigentes fizeram? Os caras vão lá, não têm responsabilidade nenhuma, não paga salário, não paga ninguém. O futebol brasileiro tinha que mudar radicalmente”.