Aos poucos, o mercado da televisão brasileira vai mudando e novos personagens vão aparecendo. Há alguns anos seria impensável assistir a Libertadores no SBT ou então o Campeonato Carioca na Record TV. Os fãs de Fórmula 1, por exemplo, precisaram desapegar da voz de Galvão Bueno e ligar na Band para testemunhar as disputas entre Hamilton e Verstappen. Diferentes atores vão construindo as narrativas de esporte no país.
Com a aquisição da Fox pelo grupo Disney, uma das beneficiadas foi justamente a ESPN Brasil. Também propriedade da empresa, um dos canais esportivos mais antigos do país herdou o direito de alguns campeonatos esportivos. Com o fim do Fox Sports no país, a Libertadores da América foi justamente um desses produtos que caiu no colo da emissora. Quem saiu perdendo nessa história foi a Globo, que desde 2020 não transmite mais o torneio continental.
Sem a competição mais cobiçada pelos clubes na América do Sul, os canais do grupo Globo foram tentando preencher sua grande com o que dava. Não por acaso que esportes como surf, skate e até campeonatos de jogos eletrônicos ganharam espaço na grade. Hoje é possível acompanhar torneios de League of Legends, Counter Strike, Free Fire e outros games nas telas do SporTV. Por um lado, agrada os fãs dessas modalidades que começam a ver seus ídolos do eSports na televisão. Por outro, a empresa sente falta do público tradicional que a abondana.
Nesta quarta-feira (25) por exemplo, a emissora perde com mais de dois pontos de audiência para a ESPN. No horário em que se registrou a diferença, o SporTV transmitia Fluminense e Vasco pela Copa do Brasil Sub-17, marcando 0.5 pontos. Enquanto isso, o jogo entre Atlético-MG e Tolima no canal do grupo Disney contava 2.7 pontos, uma diferença incomum entre as concorrentes. O espectador reagiu nas redes sociais a essa distância. Na visão de alguns, a disputa entre as duas só vai aumentar.
