A manhã desta terça-feira (4) foi de novidade no Atlético. De volta ao clube a pedido do técnico argentino Jorge Sampaoli, o lateral-direito Mariano foi apresentado oficialmente como reforço para a sequência da temporada. Em sua primeira coletiva após vestir a camisa do Galo, o defensor relembrou a saída polêmica há 12 anos.

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Em 2008, o lateral teria fugido da concentração da equipe em São Paulo, antes de uma derrota para o Palmeiras. A situação revoltou a diretoria e Mariano acabou demitido pelo responsável pelo futebol na época, Alexandre Faria - com a renuncia de Ziza Valadares, o Galo não contava com um mandatário na época. Com vasta experiência no exterior, Mariano garante não ter esquecido o episódio e quer apagar a má impressão.

"São 12 anos, não vou falar que eu esqueci, porque eu aprendi muito, mas depois do que aconteceu, eu provei, principalmente para mim, que poderia fazer muito melhor do que eu fiz. São quase 12 anos. Se você olhar depois desse fato, a minha carreira foi crescendo. Eu não vejo como uma oportunidade de tentar mudar o que eu fiz. Estou vindo para fazer o meu melhor, para ajudar o Atlético a ser campeão. A minha história pode mostrar o que foi minha vida depois deste fato", comentou.

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Após o problema em Minas Gerais, Mariano foi campeão brasileiro no Fluminense e partiu para a Europa, atuando por Bordeaux (FRA), Sevilla (ESP) e Galatasaray (TUR). Na Espanha, teve a oportunidade de trabalhar com Jorge Sampaoli e desenvolveu uma excelente relação com o argentino. A amizade, inclusive, foi ponto-chave para o retorno ao Galo.

"Quando ele [Sampaoli] veio para o Brasil, mandei mensagem para ele. Dei os parabéns pelo trabalho que foi feito no Santos. Eu acompanhava muito o futebol brasileiro. Ele sabia que estava com o contrato acabando no Galatrasaray. Só não voltaria se não tivesse uma oferta muito grande lá fora. A minha família queria voltar para o Brasil (...) Eu já falei para ele: 'professor, a hora que você me chamar e, se for possível, vamos trabalhar juntos novamente'", completou.