Mesmo estando à frente dentro de campo, o futebol europeu está muito atrás quando o assunto é o respeito entre todas as raças, cores e etnias – como dizem por aí. Frenquentemente, na Europa podemos nos deparar com diversos episódios de desrespeito e intolerância. Dentro dos estádios virou uma coisa normal. Entretanto, por outro lado, os dirigentes também seguem os padrões sociais adotados por determinada torcida – incluindo o racismo enraizado.
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André Onana estava na final da Europa League contra o Manchester United; o Ajax perdeu a decisão por 2 a 0
Após alguns anos, quando um fator inusitado para uma negociação apareceu no caminho de André Onana, do Ajax, o goleiro decidiu revelar o que lhe impediu de deixar a Holanda. Onana foi alvo de um assunto que segue tomando conta das manchetes jornalísticas. Após a revelação da jovem promessa, a dúvida que fica é: como uma pessoa pode ser impedida de ir para tal lugar somente pela sua cor?
O racismo deve ser tratado com o que?
O racismo deve ser tratado com o que?
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“No caminho, percebi: não é fácil para um goleiro negro chegar ao topo. No meu primeiro ano no Ajax, chegamos à final da Europa League. Depois dessa final, meu agente conversou com um clube interessado, mas esse clube decidiu não me contratar, porque um goleiro negro seria difícil para seus torcedores. Então não era porque eles não achavam que era bom o suficiente. Considero um elogio”, disse André Onana, em entrevista ao jornal holandês “Het Parool”.
Onana foi formado nas categorias de base do Barcelona e, desembarcando no Ajax em 2015, conseguiu se firmar como titular na equipe holandesa na temporada seguinte (2016/17). Desde que assumiu a camisa 1 da equipe, o arqueiro já conseguiu conquistar a Eredivisie e a CopaKNVB – focada para os países baixos. Desde sua chegada, o jogador já defendeu as cores do clube em 169 oportunidades.
“Tenho orgulho de ser negro. Não vejo diferença entre preto e branco e não faço diferença. Se o fizer, esse é o seu problema”, finalizou o jovem camaronês.