Sediar com propósito
Eduardo Moscoso, técnico da seleção feminina do Equador, revelou sua empolgação com o papel de anfitrião da CONMEBOL Copa América Feminina 2025. Segundo ele, jogar em casa é combustível emocional para o elenco e oportunidade única para impulsionar o futebol feminino no país.

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“Queremos estádios cheios em todos os jogos”, declarou. Além do desempenho técnico, o treinador deseja construir algo duradouro: “Queremos deixar um legado de otimismo, de popularização do futebol feminino”. A meta da equipe vai além da fase de grupos. O comandante quer levar a “Tri” a novas conquistas no continente e vê a Copa América como trampolim para outras competições.
“Queremos uma vaga para as Olimpíadas, uma vaga para os Jogos Pan-Americanos”, afirmou. Para isso, aposta na consolidação do projeto esportivo que vem sendo desenvolvido pela Federação Equatoriana de Futebol. “Faz parte do processo, do reconhecimento dos resultados que temos construído”, completou.

Comemoração seleção equatoriana. Foto: Reprodução/Instagram/@latriecu
Base como ponto de partida
Com 17 anos de experiência na federação, Moscoso já viveu diferentes etapas da evolução da modalidade no país. Ele celebra agora a oportunidade de ver jovens atletas ganhando espaço na seleção principal. “Trabalhamos para isso: formar atletas para chegarem à seleção principal”, comentou. Muitas jogadoras que passaram pela base, especialmente pela equipe Sub-17, estarão na Copa América. Para o técnico, isso simboliza a força dos processos contínuos e a confiança nas novas gerações.
Moscoso testemunhou de perto o crescimento do futebol feminino equatoriano. Ele lembra com clareza o cenário de 2014, quando a equipe conseguiu sua única vaga em Mundial, mas enfrentava enormes dificuldades de estrutura. “Hoje temos torneios de base, uma Superliga consolidada, clubes com centros de alto rendimento, academias, nutricionistas, psicólogos”, relatou. Essa transformação, segundo ele, fortalece as atletas não apenas como jogadoras, mas como profissionais completas.
O técnico destaca ainda a importância da saúde mental no alto rendimento. “O futebol tem quatro pilares: físico, técnico, tático e psicológico”, explicou. Para ele, o apoio emocional é indispensável em um grupo competitivo como o da seleção, especialmente em momentos de pressão. “Temos uma psicóloga na federação que nos auxilia. A mente precisa estar forte”, frisou. Moscoso acredita que equilíbrio emocional e motivação coletiva são ingredientes essenciais para alcançar grandes feitos.

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Confiança no apoio das arquibancadas
Com os olhos voltados para agosto de 2025, Moscoso imagina o fim do torneio com esperança e entusiasmo. “Ficaria muito feliz com estádios cheios e com o Equador classificado para um torneio internacional”, afirmou. Para ele, a Copa América não será apenas uma competição, mas uma oportunidade para marcar uma nova era do futebol feminino equatoriano. A torcida está convocada: o sonho é coletivo.








