Arte e união em Teresópolis
Em um momento marcado por sensibilidade e criatividade, as jogadoras da Seleção Brasileira Feminina participaram de uma dinâmica artística na Granja Comary. Após encerrar a preparação para a Copa América, o grupo teve uma tarde de lazer conduzida pelo artista urbano Juan de Melo Fajim.

- CBF divulga ranking nacional de clubes do futebol feminino para 2026
- Onde assistir Corinthians x São Paulo na semifinal do Paulistão Feminino
A proposta foi criar, por meio do grafite, uma representação visual da identidade e dos sonhos que carregam com a Amarelinha. A atividade contou com duas superfícies: em uma, Fajim trouxe seu estilo figurativo e geométrico, inspirado pela natureza, música e espiritualidade.
Coube às atletas finalizar a obra com traços pessoais. “Na bandeira representamos a união delas com as mãos entrelaçadas, a Fênix, a bola com letras musicais e a casa com a estrela da bagagem que cada uma traz”, explicou o artista. O mural resultou em uma simbólica fusão entre arte e futebol.

Seleção Feminina. Foto: Lívia Villas Boas/CBF
Obra coletiva das atletas
A segunda bandeira foi criada inteiramente pelas jogadoras, que se dividiram entre tintas e sprays para representar, com liberdade, o que sentem ao vestir a camisa da Seleção. A taça da Copa América, o campo de futebol, palavras como “foco”, “respeito” e “união”, além da estrela almejada em 2027, ganharam destaque na composição. Foi um momento de expressão pura, em que cada traço refletia o espírito coletivo do grupo.
A goleira Claudia destacou o desafio e a emoção da atividade: “Foi difícil sair do nosso mundo e mostrar criatividade, mas conseguimos unir nossas vozes numa só bandeira. Isso aqui tem tudo a ver com o Brasil e com quem somos dentro e fora de campo”. Para a comissão técnica, o exercício teve efeito positivo ao integrar o time emocionalmente em uma fase decisiva da temporada.
Além de criar arte, a ação fortaleceu o senso de identidade das jogadoras com a camisa da Seleção. O uso do grafite, expressão historicamente ligada à resistência e à ocupação de espaços públicos, simboliza também a luta por visibilidade no futebol feminino. “A Fênix representa aquelas que ressurgiram de lesões, os preconceitos que superaram”, afirmou Fajim, que mantém projetos sociais com jovens em Teresópolis.

Veja também
Brasil encerra treinos e embarca pronto para estreia na Copa América Feminina
A estrela que ainda será pintada
A estrela que aparece em ambas as obras simboliza mais do que um título: representa o objetivo da Seleção na Copa América e o sonho maior da Copa do Mundo de 2027. O trabalho artístico virou símbolo do processo de amadurecimento coletivo e do compromisso com o futuro. “Essa bandeira é a nossa cara, tem cor, tem música, tem garra. Agora a gente quer pintar a história com títulos”, resumiu uma das atletas.








