Decisão judicial mantém jogadoras no Brasil
A Justiça de São Paulo concedeu, neste sábado (28), liberdade provisória às quatro jogadoras do River Plate envolvidas em um caso de injúria racial durante a semifinal da Brasil Ladies Cup contra o Grêmio. A decisão agitou as redes sociais e a torcida tricolor se posicionou.
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As atletas Candela Díaz, Camila Duarte, Juana Cangaro e Milagros Diaz estavam detidas desde o dia 20 de dezembro, quando o incidente aconteceu no estádio do Canindé, em São Paulo.
De acordo com o juiz Fernando Oliveira Camargo, a decisão considerou a primariedade das investigadas e incluiu medidas restritivas. As jogadoras estão proibidas de deixar o Brasil até o desfecho do caso e devem comparecer mensalmente em juízo para justificar suas atividades.
Relembre os fatos ocorridos na semifinal
O caso aconteceu durante o jogo entre River Plate e Grêmio, válido pela última rodada da fase de grupos. Após o empate das Gurias Gremistas, Candela Díaz foi flagrada pelas câmeras imitando um macaco em direção a um gandula, provocando revolta entre os presentes.
A situação escalou rapidamente, gerando uma briga generalizada. O jogo foi encerrado após a expulsão de seis jogadoras argentinas, resultando na classificação do Imortal. Além do gesto direcionado ao gandula, atletas do time gaúcho relataram ofensas racistas por parte das adversárias.
Partida entre Grêmio e River Plate pela Brasil Ladies Cup acaba em briga generalizada após gestos racistas. Foto: Reprodução/Youtube/Canal Goat
A Brasil Ladies Cup anunciou a exclusão do River Plate da edição de 2024 e a suspensão do clube por dois anos. A organização também confirmou novas diretrizes para as próximas edições do torneio, incluindo o banimento imediato de equipes ou dirigentes envolvidos em episódios de racismo.
Repercussão
Nas redes sociais, torcedores gremistas expressaram indignação com a decisão judicial que concedeu liberdade provisória às atletas. Muitos alegam que a Justiça brasileira foi leviana diante da gravidade do caso: “É inacreditável a justiça desse país” e “Vai acabar em pizza”.
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A defesa das jogadoras terá de pagar uma indenização de R$ 25 mil à vítima como condição para manter a liberdade provisória. O descumprimento de qualquer uma das medidas impostas poderá resultar na revogação da decisão, ou seja, se desrespeitarem as regras, a decisão pode ser anulada.